O vice-presidente da Associação Paulista de Medicina e secretário geral da Associação Médica Brasileira, Antonio José Gonçalves, foi um dos debatedores da conferência “Ciência, Ética e Direito: problemas e desafios para o século XXI”, no dia 28 de julho, durante o 35º Congresso Brasileiro de Cirurgia.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin foi o conferencista. “A ética existencial não se faz de aparências, de gestualidade. Requer práticas, comportamentos, para que cada pessoa e a própria sociedade sejam portadoras de grandeza e de esperança. Requer diálogo, e especialmente escuta profunda”, destacou em seu discurso, que pode ser conferido na íntegra aqui.
Na ocasião, foi solicitado ao ministro alterar o termo “Processo de Erro Médico” para “Processo de Efeitos Adversos na Área da Saúde”. “Nós, da Associação Médica Brasileira e da Associação Paulista de Medicina, o apoiamos na decisão. O ministro será o nosso interlocutor junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para mudar a nomenclatura, porque quando é citado que um profissional está sendo processado por erro médico, praticamente a pessoa já o condenou antes de ser julgado”, destaca Gonçalves.
Durante o debate, Gonçalves citou dois importantes aspectos: as diretrizes apresentadas, que são os protocolos, e a consciência. “Lembrei da época da pandemia de Covid-19 e comentei sobre os protocolos utilizados na época para salvar vidas. Sobre o tema consciência, a qual deve nortear todas as nossas atitudes, eu pedi ao ministro Edson Fachin para intermediar junto ao ministro Gilmar Mendes o tema da abertura de novas escolas médicas. Além disso, coloquei a AMB, a APM e demais Federadas, além das 54 Sociedades de Especialidades, à disposição do Supremo Tribunal Federal, a fim de ajudá-los com dados técnicos e todos os encaminhamentos necessários em nome da Medicina.”
A mesa, presidida por Luiz Carlos Von Bahten, também teve como debatedores Antônio Ferreira Couto Filho, Carlos Alberto Justo da Silva, Edevard José de Araújo, Graziela Schmitz Bonin, Leonardo Emilio da Silva e Roberto Saad Jr.
Foto: Divulgação CBC