Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, publicados em boletim epidemiológico, em 2021, 456 casos de sarampo já foram confirmados. sendo 354 por critério laboratorial e 102 por critério clínico-epidemiológico. Até o dia 5 de julho, dos 1.170 casos suspeitos de sarampo, 547 casos foram descartados e 167 permanecem em investigação.
Amapá, Pará e São Paulo foram os estados que mantiveram a circulação do vírus e permanecem com casos confirmados de sarampo. O estado do Amapá destaca-se, com 367 (80,5%) confirmações, em 14 municípios, e com a maior incidência (56,91 casos por 100 mil habitantes). No Pará, estão confirmados 84 casos e 52 permanecem em investigação.
A faixa etária com a maior incidência de casos foi a de crianças menores de um ano de idade (168), com maior ocorrência no sexo feminino, com 89 casos notificados. Quando analisada a incidência por faixas etárias definidas nas estratégias de vacinação, a maior é observada no grupo etário de menores de 5 anos. Em geral, na distribuição por sexo, o maior número de casos foi registrado entre pessoas do sexo masculino, 251 no total.
Óbitos e Vigilância
Até o momento, foram confirmados dois óbitos por sarampo no estado do Amapá, ambos em crianças menores de um ano. Uma com 7 meses de idade, não vacinada e sem comorbidades, e outra com 4 meses de idade, nascida de parto prematuro, gemelar, baixo peso, Síndrome de Down e pertencente à terra indígena Waiãpi.
A vigilância laboratorial para sarampo é realizada como estratégia durante o ano de 2021, para acompanhar o surto e por apresentar a melhor oportunidade de ação. O Ministério da Saúde recomenda que as ações de vacinação sejam mantidas e que os processos de trabalho das equipes sejam planejados para vacinar o maior número de pessoas contra o sarampo, de acordo com as orientações do Calendário Nacional de Vacinação.