Até a semana epidemiológica 31, que corresponde ao período de 3 de janeiro a 7 de agosto, foram registrados 1.487 casos suspeitos de sarampo, de acordo com dados do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Dos casos notificados, 552 (37,1%) foram confirmados, sendo 425 (77,0%) por critério laboratorial e 127 (23,0%) por critério clínico-epidemiológico. Foram descartados 818 (55,0%) e permanecem em investigação 117 (7,9%) casos.
O Amapá segue como o estado com o maior número de casos confirmados, com 425 (77,0%), em 13 municípios, e a maior incidência entre as unidades de Federação até o momento (65,9 casos por 100 mil hab.) e dois óbitos confirmados. Já no Pará, 109 casos foram confirmados e 22 suspeitos estão sob investigação.
Além dos estados do Amapá, Pará, Alagoas e São Paulo, que já haviam confirmado casos de sarampo, Ceará e Rio de Janeiro confirmaram um óbito cada, ambos registrados na SE 20 (25 de maio). Com isso, o País passa a ter seis estados com circulação do vírus.
A faixa etária com a maior incidência de casos foi a de crianças menores de um ano de idade (194), com taxa de incidência de 56,3 casos por 100 mil habitantes e maior ocorrência no sexo feminino, com 103 (40,7%) dentro deste grupo. Em geral, na distribuição por sexo, o maior número de casos foi registrado entre pessoas do sexo masculino (297).
O boletim ressalta que, após um ano de franca circulação, em 2019, o Brasil perdeu a certificação de país livre de sarampo, com a confirmação de 20.901 casos da doença. Em 2020, até o mês de agosto, foram confirmados 8.448 casos.
Com a reintrodução do vírus, desde 2018 o País adotou a Vigilância Laboratorial para sarampo como uma das fortes estratégias para monitorar e mediar a tomada de decisões frente aos surtos. O Ministério ainda recomenda que as ações de vacinação sejam mantidas e que os processos de trabalho das equipes sejam planejados para vacinar o maior número de pessoas contra a doença.