Na última quinta-feira, 14 de dezembro, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Antonio José Gonçalves, participou do 1º Colóquio do Cremesp, no qual debateu com outros representantes de entidades e instituições de Saúde sobre a abertura desenfreada de escolas médicas no Brasil.
Para compor a mesa de debates, além de Gonçalves, participaram César Eduardo Fernandes, presidente da AMB; José Eduardo Lutaif Dolci, diretor Científico da AMB; Raul Cutait, professor de Cirurgia da FMUSP; Eder Carlos Rocha Quintão, integrante da Associação dos Professores Eméritos da FMUSP; Angelo Vattimo, presidente do Cremesp; Irene Abramovich, 1ª secretária do Cremesp; e os conselheiros da entidade Marise Pereira da Silva e Sandro Scarpelini.
O presidente da APM salientou que um dos caminhos possíveis para o combate a este problema é a união entre as entidades médicas. “Acredito que não levará muito tempo para resolvermos este problema, unidos somos muito fortes. O ministro da Educação, Camilo Santana, em uma reunião que fizemos, chegou a falar que fecharia escolas médicas, caso fosse necessário. E nós nos oferecemos para ajudar, mas o MEC não deu espaço”.
Segundo ele, como representante da APM e da AMB, participou de uma reunião em Brasília sobre a abertura de 95 novas escolas no âmbito do Programa Mais Médicos, na qual foi possível falar com cinco ministros do STF a fim de levar a eles as preocupações que cercam o campo relacionado à abertura de escolas inadequadas e sem estrutura para ensinar de forma correta.
“Nós, como professores universitários, vemos a defasagem do ensino. Portanto, deixo aqui a Associação Paulista de Medicina — que por sua vez é federada da Associação Médica Brasileira — ao lado do Conselho, para que possamos juntos sermos mais fortes e fazermos a diferença neste processo. Acho que o momento de mudar é agora, talvez já tenha até passado do tempo, então precisamos agir”, disse.
Fotos: Cremesp Fotografia