Planejamento estratégico é debatido em webinar do CQH

Na última quinta-feira, 11 de novembro, o Grupo de Benchmarking Qualidade do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) - da Associação Paulista de Medicina – realizou webinar para debate do tema “Planejamento Estratégico”.

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Na última quinta-feira, 11 de novembro, o Grupo de Benchmarking Qualidade do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – da Associação Paulista de Medicina – realizou webinar para debate do tema “Planejamento Estratégico”.

A palestra foi ministrada por Jackson Vilela, membro da governança do Programa CQH e coordenador do grupo. “Planejamento é o processo que leva ao estabelecimento de um conjunto de ações coordenadas que determinam alguns objetivos e elaboram roteiros para que todos possam seguir no mesmo caminho”, iniciou Vilela.

O especialista seguiu a exposição explicando que o planejamento estratégico nada mais é do que uma ferramenta gerencial que leva a uma reflexão sobre a realidade atual e possibilidades futuras. “O principal objetivo do planejamento é dirigir os esforços das pessoas para aquilo que realmente trará resultados futuros, além de permitir formular estratégias para planejar e transformar o futuro, e reduzir as incertezas para obter a melhor e mais ‘previsível’ situação.”

Estratégias

De acordo com ele, precisamos refletir sobre essa ferramenta, principalmente quando formulamos as estratégias, pois isso irá nos ajudar a transformar nosso futuro. “Planejamento estratégico não é algo distante, nós vivemos fazendo planos sobre nossas vidas, o que somos, em qual patamar queremos chegar e quais caminhos precisamos seguir, é algo que já fazemos diariamente”, complementou.

Sobre as dicas para elaborar um planejamento eficaz, o coordenador do Grupo de Benchmarking Qualidade do CQH destacou: análise dos ambientes externo e interno, definir e disseminar a visão da empresa e estabelecer estratégias para alcançar a visão. “Na formulação da estratégia, precisamos conhecer o que fazemos e para quem fazermos, caso contrário, essas ações não irão agregar aos nossos objetivos de curto e longo prazo.”

O palestrante ainda ressaltou que o planejamento pode ser composto por três níveis: estratégico, tático e operacional. Os níveis trarão metas para realizar a formulação de um plano de visão geral para a organização, objetivando o crescimento de longo prazo, realizando a decomposição dos objetivos estratégicos, com orientações mais detalhadas para cada departamento de forma separada, foco na experiência e ações cotidianas visando à sobrevivência de curto prazo.

“Os níveis de decisão do planejamento começam com a alta administração, que define as estratégias, em seguida, os gerentes formulam o planejamento tático e, por fim, os coordenadores realizam o planejamento operacional, que consolida a missão. Em alguns casos, pode acontecer de uma ação operacional ser colocada dentro do plano estratégico, mas sempre definindo o que é ou não estratégia”, salientou.

Segundo Jackson Vilela, todo planejamento estratégico precisa de um plano econômico que dê suporte a tudo, tanto para visão, quanto para missão. “Dentro da organização, o plano estratégico está voltado para a visão: o que seremos no futuro? Já o planejamento operacional está relacionado à missão: o que faremos e para quem fazemos. Com isso, é preciso ter a análise do desempenho dessas ações voltada para o valor gerado para as diversas partes interessadas do projeto.”

Outra ferramenta importante citada pelo especialista foi o brainstorming, que é a metodologia de exploração de ideias, visando a obtenção das melhores soluções de um grupo. “Para que seja realizado, precisamos de um amadurecimento muito grande na cultura institucional, pois a autocrítica das pessoas que estão tratando de grandes partes desse projeto é algo fundamental.”

Plano de ação

No plano de ação, as ações devem ser consistentes para atingir metas, e precisam ser estabelecidas apenas as consideradas críticas para alcance, para serem estratégicas e não de rotina. No ambiente interno, o especialista ressaltou que a melhor ferramenta a ser utilizada é a 5W2H. “Além de investigação e resolução de um problema, elaboração de um plano de ação e o que deve ser feito, a 5W2H também auxilia na escolha de padronização dos procedimentos que devem ser seguidos como modelo”, ressaltou.

Concluindo, Vilela ressaltou que o ciclo de aperfeiçoamento contínuo do modelo de gestão considera que, por meio do desenvolvimento sustentável, compromisso com as partes interessadas e liderança transformadora, a organização irá evoluir através do aprendizado organizacional e inovação.

Ele também não deixou de citar os benefícios de um bom planejamento estratégico: direção única para todos; agilidade de decisões; melhoria da comunicação; aumento da capacidade gerencial para tomar decisões; e promoção de uma consciência coletiva. “Todos os benefícios devem estar em nossos fundamentos e atender todas as propostas de nossa missão e visão de futuro.”

Encerrando o evento, Milton Osaki, coordenador do Programa CQH, agradeceu ao palestrante e participantes e ressaltou a importância do tema. “Acredito que conseguiu desmistificar o receio dos hospitais em relação à atualização do roteiro de avaliação, e este é o objetivo dos grupos de benchmarking, levar o conhecimento e compartilhar fundamentos de uma maneira palpável. Quero parabenizá-lo pela excelente apresentação, e tenho certeza de que irá ajudar os hospitais a melhorar a gestão e compreender o roteiro de avaliação recentemente atualizado”, finalizou.