Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata, o mais comum entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele. O movimento Novembro Azul surgiu na Austrália em 2003 e, desde 2011, é celebrado no Brasil.
Há alguns anos, a Associação Paulista de Medicina apoia e promove ações relacionadas à campanha e, neste ano, lança o mote “Novembro Azul: delete o estigma”, com o objetivo de estimular os homens a se consultarem com um urologista regularmente.
Por conta do preconceito que envolve o exame, muitos homens são diagnosticados quando a doença está em um estado mais avançado, dificultando o tratamento.
Câncer de próstata
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 42 homens morrem diariamente em decorrência do câncer de próstata e cerca de 3 milhões de pessoas vivem com a doença. Nos anos de 2018 e de 2019, foram diagnosticados aproximadamente 68 mil novos casos e, somente em 2021, cerca de 16 mil pessoas morreram devido à doença.
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que se localiza abaixo da bexiga e que, juntamente com as vesículas seminais, contribui para a produção e o armazenamento do sêmen. Quando há a presença de tumor, ocorre uma multiplicação desordenada das células da próstata.
Em estágio inicial, o câncer não apresenta sintomas que, em cerca de 95% dos casos, só começam a aparecer em estágio avançado, dificultando a cura. Os principais sintomas são: dores ósseas, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou sêmen.
A obesidade é um dos principais fatores de risco, bem como o histórico familiar. A doença é considerada hereditária quando três ou mais parentes de primeiro grau são afetados, dois parentes de primeiro grau foram diagnosticados antes dos 55 anos de idade e quando acontece em três gerações consecutivas.
A idade, como em outros tipos de câncer, também é um fator de risco importante. Após os 50 anos, a incidência e a mortalidade aumentam significativamente.
Prevenção e tratamento
A única maneira de identificar o câncer de próstata em estágio inicial é realizando exames periodicamente. Estima-se que, quando detectado precocemente, há 90% de chance de cura. Neste sentido, a recomendação é que homens com mais de 50 anos de idade façam o exame de próstata anualmente e, caso tenham fatores de risco, a partir dos 45 anos.
A melhor forma de avaliar alterações da próstata é através do exame de toque retal. Outros exames, como de urina e de sangue (PSA) também são necessários, mas o toque retal é considerado indispensável. O procedimento é rápido – dura cerca de 10 segundos – não exige nenhum preparo prévio, é indolor e não traz riscos à saúde.