Segundo dados são do mais recente boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, até o fim da semana epidemiológica (SE) 44 – que corresponde ao período de 3 de janeiro a 6 de novembro -, o Brasil notificou 2.037 casos suspeitos de sarampo. Destes, 628 (30,8%) foram confirmados, sendo 488 (77,7%) por critério laboratorial e 140 (22,3%) por critério clínico epidemiológico.
Até o momento, outros 1.266 (62,2%) casos foram descartados e 143 (7,0%) ainda permanecem sob investigação. Permanecem com casos confirmados os estados do Amapá, Pará, Alagoas, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro.
O Amapá segue com a maior incidência de sarampo, com 496 casos confirmados, em 13 municípios, e taxa de 76,91 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida está o Pará, com 111 casos confirmados e outros 25 em investigação.
Os mais acometidos pela doença são crianças menores de um ano, apresentando o maior número de casos confirmados (230) e incidência de 67,41 casos para cada 100 mil habitantes. Nesta faixa etária, a maior ocorrência foi verificada em pessoas do sexo feminino, com 121 casos (40,7%). Na distribuição geral por sexo, o maior número de casos (328) foi registrado em pessoas do sexo masculino.
Seguem confirmados dois óbitos pela doença, ambos no estado do Amapá, em crianças de 7 e 4 meses de idade, não vacinadas.
Vale ressaltar que o País recebeu a certificação da eliminação do vírus em 2016, permanecendo sem casos até o ano de 2017. Em 2019, perdeu o título de “País livre de sarampo”, dando início a novos surtos e tendo a confirmação de 20.901 casos da doença no mesmo ano.
Diante do cenário, o Ministério recomenda que as ações de vacinação sejam mantidas, e que cada município deve estabelecer estratégias, buscando atingir a meta de 95% de cobertura vacinal. Vale ressaltar que foi encerrada na última terça-feira, 30 de novembro, a Campanha Multivacinação, com mais de 40 mil crianças e adolescentes imunizados.
