Mais de 14 mil casos registrados de meningite de 2007 a 2020

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2020 foram confirmados o total de 14.139 casos de meningite, dos quais 4.117 evoluíram a óbito pela doença. Os meses de maio e setembro registraram a maior intensidade de casos nos anos analisados. Isoladamente, o mês de julho de 2007 notificou o maior número de casos e novembro de 2020, o menor.

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De acordo com o mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2020 foram confirmados o total de 14.139 casos de meningite, dos quais 4.117 evoluíram a óbito pela doença. Os meses de maio e setembro registraram a maior intensidade de casos nos anos analisados. Isoladamente, o mês de julho de 2007 notificou o maior número de casos e novembro de 2020, o menor.

As 27 unidades federativas registraram casos de meningite por pneumococo (MP), sendo que a região Sudeste notificou a maior ocorrência de casos (59,9%), seguida do Sul (16,7%), Nordeste (12,7%), Centro-Oeste (5,7%) e Norte (4,9%). O estado de São Paulo registrou o maior número de casos durante período (39%).

Nos anos analisados, o Sudeste do País também apresentou o maior coeficiente de incidência, variando entre 0,17 e 0,92 caso/100.000 habitantes, com aumento em 2008, 2010, 2011 e 2013. Em 2008, 2009 e 2017, a região Sul registrou diminuição na incidência. Além disso, as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentaram coeficiente de incidência mais elevado que o do Brasil no período analisado e, em 2020, observou-se expressiva redução na incidência em todas as regiões do País.

Os casos ocorreram com mais frequência em indivíduos do sexo masculino (59%) durante todo o período estudado; de raça/cor branca (45,5%) e parda (30,4%), seguidas da raça/cor preta (5,9%).

Óbitos por meningite

Com relação aos óbitos pela doença, observou-se ocorrência em todas as unidades federativas, com maior frequência na região Sudeste (64,6%), seguida pelas regiões Sul (14,9%), Nordeste (11%), Centro-Oeste (5,6%) e Norte (3,9%). O estado de São Paulo registrou o maior número de óbitos no período (39,6%).

Pesquisas de mortalidade por grupos etários revelaram que as crianças menores de cinco anos de idade foram as mais afetadas pela meningite pneumocócica (0,48 caso/100 mil hab.), seguidas dos indivíduos entre 40 e 59 anos (0,2 caso) e dos idosos (0,25 caso). Em 2020, observou-se redução expressiva da mortalidade em todas as faixas etárias.

A taxa de letalidade média da MP no País foi mais elevada em pacientes com faixa etária maior ou igual a 60 anos (39,5%), 40 a 59 anos (33,5%) e em menores de cinco anos de idade (31,2%).

Sintomas e vacinação

Entre os 14.139 casos registrados, em 13.954 (98,7%) houve manifestação de pelo menos um sintoma, sendo os mais frequentes: febre (82,9%), cefaleia (69,1%), vômito (62,8%),

rigidez de nuca (50,7%), convulsões (28,8%), coma (16,5%), sinal de Kernig/ Brudzinski (10,3%), abaulamento de fontanela em menores de um ano (5,3%) e petéquias/sufusões hemorrágicas (4,8%).

No período pós-introdução da PCV-10 no Calendário Nacional de Vacinação, em 2010, a incidência para os menores de cinco anos diminuiu de 2,5 casos/100.000 habitantes, em 2007, para 1 caso, em 2015; manteve-se em estabilidade entre 2016 e 2019 (1,1) e, posteriormente, apresentou expressiva redução no ano de 2020 (0,3).

A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, geralmente causada por uma infecção viral, mas também podendo ser de origem bacteriana ou fúngica. As vacinas são as principais formas de prevenção contra o pneumococo. No Brasil, encontram-se disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).