No dia 18 de junho, a Comissão Estadual de Honorários Médicos, liderada pela Associação Paulista de Medicina, realizou reunião virtual com a operadora Gama Saúde no intuito de apresentar a pauta de negociação de 2024.
O diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, iniciou o encontro agradecendo a presença de todos. Participaram também o diretor de Previdência e Mutualismo da entidade, Antonio Carlos Endrigo; o assessor médico da Diretoria da APM, Marcos Pimenta; o 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, Carlos Magno Pretti Dalapicola; e o 2º tesoureiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Daniel Kishi.
Da Gama Saúde, estiverem presentes o diretor Carlos Eduardo dos Santos; o superintendente Leonardo Sérvolo de Oliveira; e o gerente de operações Luciano Mota Leal.
Antes de entrar nos itens da pauta, Marcos Pimenta fez um breve histórico sobre o valor da consulta com base na CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), relembrando o estudo realizado pela FIPE na década de 1990.
De acordo com Daniel Kishi, “não se pode lutar apenas por honorários, mas sim pelo equilíbrio do ecossistema, assim como reduzir os desperdícios e abusos que acontecem bastante.”
A Gama Saúde ficou de avaliar a pauta de negociação e retornar para a APM assim que possível. Por fim, Marun David Cury aproveitou para compartilhar algumas propostas específicas das Regionais da APM e das especialidades.
Pauta geral de negociação
1. Reajuste do valor da consulta para R$ 200,00 (quando atendimentos no formato de fee for service), sendo R$ 150,00 devido índices inflacionários e R$ 50,00 para recomposição de valores.
2. Reajuste de honorários médicos em 15%. Este valor deverá ser aplicado no reajuste de Honorários Médicos e nos valores recebidos por profissionais em vínculos de prestação de serviços em unidades verticalizadas.
3. Manutenção da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada da AMB como balizador de remuneração prestados nos moldes de fee for service.
4. Reajuste de Honorários Médicos, independente de solicitação do médico credenciado, em percentual não inferior ao IPCA.
5. Reportar as entidades médicas os casos de descredenciamentos imotivados.
6. Avaliação prévia das entidades médicas antes da implantação de modelos e formatos diferenciados de remuneração que não seja o fee for service.
7. Criação de canais de atendimento e de ouvidorias nas operadoras de planos de saúde voltadas ao atendimento dos prestadores de serviços.
8. Remuneração da teleconsulta em valores no mínimo iguais aos atendimentos presenciais.
9. Utilização preferencialmente de membros das entidades médicas (APM, sociedades estaduais de especialidades médicas e do Conselho Regional de Medicina) como desempatadores no caso de juntas médicas.
10. Valorização dos honorários de médicos auxiliares de procedimentos em 60% (1º auxiliar) e 40% (2º auxiliar).
Fotos: Reprodução reunião