A Comissão Estadual de Honorários Médicos, liderada pela Associação Paulista de Medicina, continua suas reuniões com operadoras de planos de saúde para discutir a pauta de negociação deste ano.
Na segunda-feira, 10 de junho, o diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, o 3º vice-presidente da APM e diretor Administrativo da Associação Médica Brasileira, Akira Ishida, e o 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, Carlos Magno Pretti Dalapicola, participaram de uma reunião híbrida com representantes da Porto Seguro. A operadora foi representada pelo superintendente de Sinistro e Rede, Ronei Silva, e pelo gerente de Relacionamento, Adilson Cunha.
Um dos tópicos discutidos foi o aumento de terapias alternativas com profissionais não médicos, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros, que têm um impacto direto nos planos de saúde.
Na parte da tarde, o assessor médico da Diretoria da APM, Marcos Pimenta, e Carlos Magno Pretti Dalapicola conduziram uma reunião virtual com a operadora de saúde Vivest. Participaram do encontro o gerente da Rede Credenciamento, Marco Antonio Silva Souza, e o gerente da operadora, Junior Aparecido Pereira.
Após análise da pauta de negociação, ambas as operadoras se comprometeram a retornar à APM após uma avaliação interna dos pontos levantados. A Comissão Estadual de Honorários Médicos também apresentou propostas específicas das Regionais da APM e das especialidades.
Pauta geral de negociação
1. Reajuste do valor da consulta para R$ 200,00 (quando atendimentos no formato de fee for service), sendo R$ 150,00 devido índices inflacionários e R$ 50,00 para recomposição de valores.
2. Reajuste de honorários médicos em 15%. Este valor deverá ser aplicado no reajuste de Honorários Médicos e nos valores recebidos por profissionais em vínculos de prestação de serviços em unidades verticalizadas.
3. Manutenção da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada da AMB como balizador de remuneração prestados nos moldes de fee for service.
4. Reajuste de Honorários Médicos, independente de solicitação do médico credenciado, em percentual não inferior ao IPCA.
5. Reportar as entidades médicas os casos de descredenciamentos imotivados.
6. Avaliação prévia das entidades médicas antes da implantação de modelos e formatos diferenciados de remuneração que não seja o fee for service.
7. Criação de canais de atendimento e de ouvidorias nas operadoras de planos de saúde voltadas ao atendimento dos prestadores de serviços.
8. Remuneração da teleconsulta em valores no mínimo iguais aos atendimentos presenciais.
9. Utilização preferencialmente de membros das entidades médicas (APM, sociedades estaduais de especialidades médicas e do Conselho Regional de Medicina) como desempatadores no caso de juntas médicas.
10. Valorização dos honorários de médicos auxiliares de procedimentos em 60% (1º auxiliar) e 40% (2º auxiliar).
Fotos: Divulgação APM/Reprodução reunião