Em entrevista, diretor da APM fala sobre câncer de próstata

Geovanne Furtado apresentou dados sobre a doença, além de orientações e medidas de prevenção

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Na última semana, o urologista e diretor adjunto de Eventos da APM, Geovanne Furtado, foi entrevistado pela TV Tem – filiada da Rede Globo –, abordando a prevenção ao câncer de próstata, trazendo dados e orientações. A matéria destacou a campanha “Novembro Azul”, mês de conscientização e prevenção deste tipo de tumor.

Segundo Furtado, ainda existe resistência entre os homens quanto ao exame de toque retal, o que dificulta o diagnóstico precoce. Ele explica que, embora exames como o PSA (Antígeno Prostático Específico) ajudem na identificação, cerca de 20% dos casos não são detectados apenas por esse teste. “O PSA é importante e não deve ser descartado, mas o exame de próstata é fundamental”, enfatiza.

“O toque retal é essencial para que possamos avaliar o tamanho do tumor e até identificar outras condições, como a hiperplasia benigna da próstata, possibilitando a realização de uma biópsia, se necessário”, afirma o especialista, ressaltando que o diagnóstico precoce é vital para um tratamento eficaz. “Se descoberto no início, há várias opções de tratamento, o que aumenta as chances de cura.”

O especialista salienta que, atualmente, a maioria dos tumores de próstata, quando detectados precocemente, têm até 90% de chance de recuperação.

E acrescenta que muitos homens ainda relutam em buscar ajuda médica e frequentemente negligenciam a saúde. “A população masculina costuma esperar pelos sintomas antes de procurar um especialista. Porém, quando o problema já está avançado, a possibilidade de prolongar a vida vem acompanhada de muito sofrimento. O paciente pode chegar a ter dores ósseas, por exemplo”, observa.

Além disso, o diretor da APM orienta que homens com histórico familiar de câncer de próstata devem realizar acompanhamento urológico a partir dos 45 anos, enquanto aqueles sem histórico devem iniciar aos 50. Ele destaca que tanto o exame de toque quanto o PSA são simples e estão disponíveis pelo SUS.

Foto: Reprodução/TV Tem