No último dia 20 de junho, os diretores de Defesa Profissional e Previdência e Mutualismo da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury e Antonio Carlos Endrigo, respectivamente, representaram a Comissão Estadual de Honorários Médicos, liderada pela APM, em mais uma reunião de aproximação com operadoras de planos de saúde.
Neste dia, receberam a SulAmérica Saúde – representada pela diretora Técnica de Operações e Rede Credenciada, Tereza Veloso, e pelo diretor Técnico de Rede Credenciada, Pedro Henrique Loretti.
Participaram também, de forma virtual, o assessor médico da Diretoria da APM, Marcos Pimenta, e o 2º tesoureiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Daniel Kishi.
Logo no início do encontro, antes da apresentação da pauta geral de negociação, Pimenta explicou que a definição dos itens ocorreu a partir de reuniões com as Regionais da APM, da Associação Médica Brasileira e suas Federadas e também com as sociedades de especialidades.
O primeiro ponto abordado na pauta é o valor da consulta e Marcos Pimenta aproveitou o momento para fazer um breve histórico sobre o valor da consulta com base na CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), relembrando o estudo realizado pela FIPE na década de 1990.
Na sequência, Marun Cury falou sobre o crescimento exacerbado das terapias alternativas e da necessidade de fazer um movimento em conjunto para inibir.
O diretor de Defesa Profissional também compartilhou algumas propostas específicas das Regionais da APM e das especialidades. Agora, os diretores da SulAmérica Saúde vão avaliar a pauta de negociação e retornar em breve para a APM.
Pauta geral de negociação
1. Reajuste do valor da consulta para R$ 200,00 (quando atendimentos no formato de fee for service), sendo R$ 150,00 devido índices inflacionários e R$ 50,00 para recomposição de valores.
2. Reajuste de honorários médicos em 15%. Este valor deverá ser aplicado no reajuste de Honorários Médicos e nos valores recebidos por profissionais em vínculos de prestação de serviços em unidades verticalizadas.
3. Manutenção da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada da AMB como balizador de remuneração prestados nos moldes de fee for service.
4. Reajuste de Honorários Médicos, independente de solicitação do médico credenciado, em percentual não inferior ao IPCA.
5. Reportar as entidades médicas os casos de descredenciamentos imotivados.
6. Avaliação prévia das entidades médicas antes da implantação de modelos e formatos diferenciados de remuneração que não seja o fee for service.
7. Criação de canais de atendimento e de ouvidorias nas operadoras de planos de saúde voltadas ao atendimento dos prestadores de serviços.
8. Remuneração da teleconsulta em valores no mínimo iguais aos atendimentos presenciais.
9. Utilização preferencialmente de membros das entidades médicas (APM, sociedades estaduais de especialidades médicas e do Conselho Regional de Medicina) como desempatadores no caso de juntas médicas.
10. Valorização dos honorários de médicos auxiliares de procedimentos em 60% (1º auxiliar) e 40% (2º auxiliar).
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