Diretor da APM discute papel dos médicos na Saúde Digital em evento

Antonio Carlos Endrigo apresentou o tema “A chave para um futuro inovador e resultados da pesquisa”

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A Sociedade Brasileira de Informática e Saúde (SBIS) realizou, na última sexta-feira (13), o 1º Fórum de Médicos na Saúde Digital. O evento, que ocorreu em São Paulo, reuniu especialistas para debater o papel dos médicos na revolução tecnológica aplicada à Saúde. Um dos palestrantes foi Antonio Carlos Endrigo, diretor de Previdência e Mutualismo da Associação Paulista de Medicina.

Endrigo iniciou sua apresentação destacando dados de uma pesquisa realizada pela Associação Médica Brasileira (AMB) em parceria com a SBIS, que revelou o cenário da adesão à Saúde Digital no Brasil. Segundo o levantamento, 55,8% dos entrevistados afirmaram não utilizar ferramentas tecnológicas diretamente, enquanto 44,2% declararam fazer uso desses recursos.

A pesquisa contou com a participação de 3.515 profissionais de Medicina, mas apenas 2.915 respostas foram consideradas válidas. “Na distribuição por estado, São Paulo apresentou o maior número de médicos que utilizam tecnologias. Em seguida, destacaram-se Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito Federal e Santa Catarina”, explicou o diretor.

Ele também ressaltou que os profissionais formados entre o final do século XX e o início do século XXI são os que mais recorrem a ferramentas tecnológicas em sua prática. Entre as especialidades mais presentes no levantamento estão Clínica Médica, Pediatria, Medicina do Trabalho, Medicina de Família e Comunidade, Ginecologia e Obstetrícia, Cardiologia e Cirurgia Geral.

Quanto à atuação específica na área de tecnologia, a Telemedicina foi a categoria mais mencionada, seguida por profissionais que atuam em sistemas de informação, inteligência artificial e machine learning, data science, interoperabilidade e Internet of Medical Things (IoMT). Em relação aos cargos e atividades principais, destacaram-se funções como consultor médico, coordenador, diretor e CIO.

“Concluímos, a partir dessa pesquisa, que 575 médicos atuam diretamente com tecnologia, o que representa 19% da nossa amostra válida. Esse é um número significativo para o setor”, finalizou.

Fotos: SBIS