Dengue no Brasil: mais de 750 mil casos registrados este ano

No intervalo de uma semana, o Brasil registrou mais de 100 mil novos casos de dengue. As informações são do novo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde

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No intervalo de uma semana, o Brasil registrou mais de 100 mil novos casos de dengue. As informações são do novo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúdeórgão do Ministério da Saúde – e indicam que até a 18ª Semana Epidemiológica (período referente a 02 de janeiro a 07 de maio de 2022), houve 757.068 casos prováveis da doença, com taxa de incidência de 354,9 casos a cada 100 mil habitantes.

A situação alarmante preocupa autoridades e profissionais da Saúde, visto que, em comparação ao mesmo período no ano passado, foi calculado um aumento de 151,4% no índice de casos registrados.

Diante deste cenário, o Centro-Oeste segue sendo a região que apresenta a maior taxa de incidência da dengue no País, possuindo 1.171 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, a análise indica que a região Sul já registra 635,6 casos a cada 100 mil habitantes, acompanhada do Sudeste (277,7 casos/100 mil habitantes), Norte (176,1 casos/100 mil habitantes) e Nordeste (149,1 casos/100 mil habitantes).

Assim como no boletim liberado na semana anterior, os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de dengue seguem sendo os mesmos. São eles: Brasília, apresentando 37.856 casos (1.223,4 casos/100 mil habitantes); Goiânia/GO, com 36.003 casos (2.314,4/100 mil habitantes); Joinville, 11.373 casos (1.880,7 casos/100 mil habitantes); Palmas/TO, 10.523 casos (3.358,2 casos/100 mil habitantes); e Aparecida de Goiânia/GO, 10.346 casos (1.719,1/100 mil habitantes).

Além disso, 504 casos de dengue grave e 6.730 casos de dengue com sinais de alarme também foram confirmados. Outros 524 casos, tanto de dengue grave quanto de dengue com sinais de alarme, seguem em investigação. O número de óbitos confirmados já chega a 265, sendo 241 deles por critério laboratorial e outros 24 por critério clínico-epidemiológico. Os estados com a maior incidência de óbitos são São Paulo (99), Santa Catarina (28), Goiás (28) e Bahia (22), enquanto 300 outras mortes estão sendo investigadas.

Chikungunya

Os registros sobre a Chikungunya demonstram a ocorrência de 70.092 casos prováveis, com taxa de incidência de 32,9 casos por 100 mil habitantes em todo o País. Em comparação com o mesmo período no ano passado, é possível observar que há uma crescente de 74,6% nos casos.

A Região Nordeste segue apresentando as maiores taxas de incidência da doença, totalizando 97,6 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Centro-Oeste, com 21 casos/100 mil habitantes, e o Norte, com 14,2 casos/100 mil habitantes. Os municípios com as maiores taxas de casos prováveis de Chikungunya são Juazeiro do Norte/CE, 4.027 casos (1.447,2 casos/100 mil habitantes); Fortaleza/CE, 3.615 casos (133,7 casos/100 mil habitantes); Salgueiro/PE, 2.462 casos (3.999,3 casos/100 mil habitantes); Crato/CE, 2.457 casos (1.834,8 casos/100 mil habitantes) e Barbalha/CE, 1.926 casos (3.123,5 casos/100 mil habitantes).

Até o momento de liberação do boletim, o número de óbitos por Chikungunya no Brasil era de 14. As mortes estão concentradas entre os estados do Ceará (9), Paraíba (2), Maranhão (1), Alagoas (1) e Mato Grosso do Sul (1). Vale ressaltar que outros 16 óbitos ainda seguem em investigação.

Zika Vírus

Os dados apresentados em relação à incidência do Zika Vírus no País correspondem ao período de 02 de janeiro a 30 de abril de 2022, apontando 5.787 casos prováveis – uma taxa de incidência equivalente a 2,7 casos para cada 100 mil habitantes.

Esse total representa um aumento de 214,5% no número de casos ao redor do Brasil se comparado com o mesmo período do ano passado. Até o momento, não foram registrados óbitos ocasionados pelo Zika Vírus.

Febre Amarela

Já sobre a Febre Amarela, no período de julho de 2021 e maio de 2022, foram notificados 547 casos humanos suspeitos, sendo 4 deles (0,8%) confirmados. De acordo com o boletim, as infecções confirmadas foram no Pará (municípios de Afuá e Oeiras do Pará) e no Tocantins (município de São Salvador do Tocantins).

Os indivíduos infectados eram todos homens na faixa dos 20 a 29 anos, não vacinados ou com o esquema de vacinação incompleto. Todos estiveram expostos a regiões de matas e tiveram seus quadros evoluídos para óbitos.