Nesta segunda, 17 de junho, a Comissão Estadual de Honorários Médicos, liderada pela Associação Paulista de Medicina, recebeu a operadora de saúde Care Plus para apresentar a pauta de negociação deste ano.
O diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, conduziu a reunião virtual ao lado do diretor de Previdência e Mutualismo da entidade, Antonio Carlos Endrigo, do assessor médico da Diretoria da APM, Marcos Pimenta, do 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, Carlos Magno Pretti Dalapicola, e do 2º tesoureiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Daniel Kishi.
Da Care Plus, participaram o diretor-executivo Ricardo Salem e o gerente de Credenciamento da operadora, Jorge Azevedo.
“Agradecemos muito em nome da Care Plus por este encontro e podem contar com o nosso compromisso para caminhar para uma maior valorização de honorários. Também contamos com o apoio de vocês em relação aos médicos que não estão alinhados com as melhores práticas que nós concordamos”, destacou Ricardo Salem.
Antes de entrar na pauta geral de negociação, o assessor médico da Diretoria da APM, Marcos Pimenta, falou sobre a valorização da consulta com base na CBHPM, relembrando o estudo realizado pela FIPE na década de 1990, e explicou cada item. Confira a seguir:
Pauta geral de negociação
1. Reajuste do valor da consulta para R$ 200,00 (quando atendimentos no formato de fee for service), sendo R$ 150,00 devido índices inflacionários e R$ 50,00 para recomposição de valores.
2. Reajuste de honorários médicos em 15%. Este valor deverá ser aplicado no reajuste de Honorários Médicos e nos valores recebidos por profissionais em vínculos de prestação de serviços em unidades verticalizadas.
3. Manutenção da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada da AMB como balizador de remuneração prestados nos moldes de fee for service.
4. Reajuste de Honorários Médicos, independente de solicitação do médico credenciado, em percentual não inferior ao IPCA.
5. Reportar as entidades médicas os casos de descredenciamentos imotivados.
6. Avaliação prévia das entidades médicas antes da implantação de modelos e formatos diferenciados de remuneração que não seja o fee for service.
7. Criação de canais de atendimento e de ouvidorias nas operadoras de planos de saúde voltadas ao atendimento dos prestadores de serviços.
8. Remuneração da teleconsulta em valores no mínimo iguais aos atendimentos presenciais.
9. Utilização preferencialmente de membros das entidades médicas (APM, sociedades estaduais de especialidades médicas e do Conselho Regional de Medicina) como desempatadores no caso de juntas médicas.
10. Valorização dos honorários de médicos auxiliares de procedimentos em 60% (1º auxiliar) e 40% (2º auxiliar).
Além disso, a Comissão Estadual de Honorários Médicos apresentou algumas propostas específicas das Regionais da APM e das especialidades e se colocou à disposição para receber novas contribuições.
Foto: Reprodução reunião