Liderada pela Associação Paulista de Medicina, a Comissão Estadual de Honorários Médicos realizou, no dia 24 de junho, mais uma reunião de aproximação com operadoras de planos de saúde. Os diretores de Defesa Profissional e Previdência e Mutualismo da APM, Marun David Cury e Antonio Carlos Endrigo, respectivamente, receberam a Amil – representada pelo CEO Renato Manso, pela diretora médica Cristina Mendes e pelo diretor de Rede, Paulo Prado.
Participaram também o assessor médico da Diretoria da APM, Marcos Pimenta, o 2º tesoureiro e a 1ª secretária do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Daniel Kishi e Irene Abramovich, e o 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, Carlos Magno Pretti Dalapicola.
Segundo Marcos Pimenta, a definição dos itens da pauta de negociação se deu a partir de reuniões com as Regionais da APM, Associação Médica Brasileira e suas Federadas e também com as sociedades de especialidades.
O assessor médico aproveitou o momento para fazer um breve histórico sobre o valor da consulta com base na CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), relembrando o estudo realizado pela FIPE na década de 1990.
Já Carlos Magno acrescentou que é preciso caminhar juntos para que se tenha uma solução boa para médicos, operadoras e população.
Marun Cury, por sua vez, esclareceu que esta reunião serviu para apresentar e discutir as propostas de negociação, que visam avanços e a valorização dos médicos. A Amil ficou de avaliar internamente todos os itens da pauta e retornar assim que possível.
Pauta geral de negociação
1. Reajuste do valor da consulta para R$ 200,00 (quando atendimentos no formato de fee for service), sendo R$ 150,00 devido índices inflacionários e R$ 50,00 para recomposição de valores.
2. Reajuste de honorários médicos em 15%. Este valor deverá ser aplicado no reajuste de Honorários Médicos e nos valores recebidos por profissionais em vínculos de prestação de serviços em unidades verticalizadas.
3. Manutenção da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada da AMB como balizador de remuneração prestados nos moldes de fee for service.
4. Reajuste de Honorários Médicos, independente de solicitação do médico credenciado, em percentual não inferior ao IPCA.
5. Reportar as entidades médicas os casos de descredenciamentos imotivados.
6. Avaliação prévia das entidades médicas antes da implantação de modelos e formatos diferenciados de remuneração que não seja o fee for service.
7. Criação de canais de atendimento e de ouvidorias nas operadoras de planos de saúde voltadas ao atendimento dos prestadores de serviços.
8. Remuneração da teleconsulta em valores no mínimo iguais aos atendimentos presenciais.
9. Utilização preferencialmente de membros das entidades médicas (APM, sociedades estaduais de especialidades médicas e do Conselho Regional de Medicina) como desempatadores no caso de juntas médicas.
10. Valorização dos honorários de médicos auxiliares de procedimentos em 60% (1º auxiliar) e 40% (2º auxiliar).
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