Até a semana epidemiológica 31, que corresponde ao período de 3 de janeiro a 9 de agosto de 2021, foram registrados 448.082 casos prováveis de dengue no Brasil, com taxa de incidência de 211,6 casos por 100 mil habitantes.
Quando comparado a 2020, observou-se uma redução de 51,4% de casos registrados para o mesmo período. As informações são do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa incidência de dengue, com 476,6 casos por 100 mil habitantes, tendo os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as maiores taxas de incidência no País. Em seguida estão as regiões Sul (217,3 casos/100 mil hab.), Sudeste (201,3), Nordeste (168,1) e Norte (150,8).
Durante o período de análise, foram confirmados 256 casos de dengue grave (DG) e 3.131 casos de dengue com sinais de alarme (DSA). Destes, permanecem sob investigação 184 casos. Até o momento, 160 óbitos por dengue foram confirmados, os quais 136 por critério laboratorial e 24 por clínico-epidemiológico; 64 óbitos ainda estão sendo investigados.
Os estados do Ceará e Santa Catarina são considerados prioritários, pois apresentam óbito confirmado e taxa de incidência acima do Limite Superior (LS) do diagrama de controle.
Zika e Chikungunya
Em relação aos dados de Chikungunya, 68.961 casos prováveis foram registrados, com taxa de incidência de 32,6 casos por 100 mil habitantes, correspondendo a uma diminuição de 0,8% quando comparado a 2020.
O Nordeste apresentou a maior incidência, com 76 casos por 100 mil habitantes; em seguida estão as regiões Sudeste (25,7) e Centro-Oeste (5,6). São Paulo e Minas Gerais são considerados estados prioritários.
Foram confirmados no País 8 óbitos pela doença, por critério laboratorial – nos estados de São Paulo (3), Espírito Santo (2), Bahia (1), Sergipe (1) e Minas Gerais (1). Vale ressaltar que 27 óbitos ainda permanecem em investigação.
Sobre os registros de Zika Vírus, foram 3.458 casos prováveis até o dia 10 de julho, com taxa de incidência de 1,6 caso por 100 mil habitantes. Comparado ao ano anterior, os dados apresentam uma diminuição de 35,6%. Até o momento, nenhuma ocorrência de óbito para zika foi confirmada.
O Ministério ressalta a importância da intensificação do controle dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, a necessidade de implementar ações para redução de casos e investigação detalhada dos óbitos, para subsidiar o monitoramento e a assistência dos casos graves, além da organização dos serviços de Saúde para evitar o aumento expressivo de casos e óbitos.