Atlética da Escola Paulista de Medicina recebe muda do plátano original de Hipócrates

Os participantes da premiação da 3ª corrida do XIII Congresso Paulista de Neurologia foram até a Atlética Pereira Barretto (AAAPB), da Escola Paulista de Medicina/Unifesp, no dia 21 de novembro, para prestigiar o ato solene de plantio da muda do plátano original de Hipócrates – que contou com a presença de representantes da universidade, da Associação Paulista de Neurologia e da Associação Paulista de Medicina

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Os participantes da premiação da 3ª corrida do XIII Congresso Paulista de Neurologia foram até a Atlética Pereira Barretto (AAAPB), da Escola Paulista de Medicina/Unifesp, no dia 21 de novembro, para prestigiar o ato solene de plantio da muda do plátano original de Hipócrates – que contou com a presença de representantes da universidade, da Associação Paulista de Neurologia e da Associação Paulista de Medicina.

“A história dessa árvore começa em torno de 2.500 anos atrás, quando Hipócrates, considerado o pai da Medicina, reunia seus discípulos em santuário a uns quatro quilômetros da ilha grega de Cós. Houve um terremoto na região e parte daquele santuário foi destruído. E Hipócrates passou a reunir seus discípulos à sombra de um plátano para discutir os casos. E esta árvore é cultivada pela comunidade local até os dias de hoje”, conta o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral.

Em 1994, o neurocirurgião Petrônio Stamato Reiff esteve na Ilha de Cós e trouxe uma muda do plátano que foi cultivada e plantada, entre outros locais, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). As novas árvores, então, foram dando outras mudas, entre as quais uma plantada na sede campestre da APM e outra na sede social. Outras folhas recolhidas da árvore original de Hipócrates foram doadas ao Museu de História da Medicina, localizado na sede da Associação.

“Todos os médicos deveriam plantar a nossa árvore em cada universidade de Medicina. Ela simboliza também o renascimento. Em pouco tempo, perdemos pessoas queridíssimas, mas se olharmos seus galhos, observamos que em pouco tempo florescerá e terá o tamanho que o solo propiciará. Na Escola Paulista de Medicina, ela representará muito bem as amizades e valores consolidados. Se corremos hoje, também devemos isso à nossa atlética”, acrescenta Amaral.

Reconhecimentos

O cultivo da árvore ficará sob responsabilidade da AAAPB: “Como já foi dito anteriormente, é um dia de celebração e de homenagem. Neste dia especial e simbólico, em nome dos alunos e da AAAPB, gostaria de homenagear o professor Manoel Girão (falecido no dia 30 de outubro), que nos deixou tão cedo e que sempre apoiou os projetos da atlética. Sempre esteve do nosso lado e contribuiu com nosso sonho de manter esse local vivo e permanente, porque é muito importante para a nossa história”, destaca o presidente da AAAPB, Tales Marins.

O reitor da EPM/Unifesp, Nelson Sass, reforça que o momento é de satisfação e extremamente precioso para a comunidade acadêmica, além de honrar falecidos colegas médicos de valor inestimável. “A atlética é um local com muitas características da nossa história. Estamos em um período difícil, mas ainda assim é gratificante e existe uma chama muito incrível de se resgatar, de se colocar e de se honrar não só sobre a instituição, mas de questões que vão além desse espaço.” 

O médico e ex-vereador da cidade de São Paulo Gilberto Natalini também esteve no ato solene de plantio do plátano. “Hoje, nada é mais importante para a humanidade do que plantar árvores, temos que plantar muitas para recuperar o mal que fizemos ao meio ambiente. Aqui, não estamos plantando qualquer árvore, mas sim aquela que traz não só a importância de preservar o nosso meio, mas de fortalecer o nosso juramento médico para o exercício profissional”, conclui.

Fotos: BBustos Fotografia