Na última quarta-feira, 16 de outubro, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FMUSP) recebeu a estreia da 15ª temporada do programa Música nos Hospitais, promovido pela Associação Paulista de Medicina. O evento gratuito trouxe ao público a Orquestra do Limiar, um conjunto de cordas com 14 músicos, sob a regência do maestro e médico Samir Rahme.
Esta apresentação celebrou também os 80 anos do Hospital das Clínicas e buscou humanizar o ambiente hospitalar, proporcionando bem-estar a pacientes, profissionais e visitantes. Ao longo de 20 anos, o Música nos Hospitais já teve mais de 200 concertos e tem cumprido sua missão de tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor, oferecendo uma experiência rica e variada de música instrumental e erudita.
O superintendente do Hospital das Clínicas, Antonio José Rodrigues Pereira, ressaltou a importância da música como ferramenta de humanização no ambiente hospitalar. “A música faz com que o ambiente fique mais leve, para os colaboradores e para os pacientes. O HC é sinônimo de um Sistema Único de Saúde (SUS) que funciona, e essa ação é um grande prêmio para todos nós”, afirmou.
Pereira também mencionou a presença de uma banda que se apresenta no setor de cuidados paliativos do Instituto Perdizes, mostrando o impacto emocional da música em pacientes no final da vida.
O presidente da Associação Paulista de Medicina, Antonio José Gonçalves, destacou os benefícios comprovados da música em ambientes de Saúde, incluindo a redução da ansiedade e da dor, além de promover uma recuperação mais rápida para os pacientes. “Este é o primeiro de 11 concertos nesta temporada, e esperamos que, mais uma vez, a música promova bem-estar e tranquilidade para todos”, disse.
Para o maestro Samir Rahme, que também é médico, a música é capaz de proporcionar conforto e direcionamento tanto para os pacientes quanto para os profissionais de Saúde. Ele acredita que experiências musicais ao vivo têm um impacto profundo, aliviando tensões e promovendo um ambiente mais harmonioso. “A música penetra na alma, ajudando a aparar arestas, proporcionando bem-estar e alívio da dor”, afirmou Rahme, reforçando a importância de iniciativas como essa no ambiente hospitalar.
O repertório do espetáculo foi aberto com “Allegro”, do Concerto de Brandenburgo nº 3 de Johann Sebastian Bach, seguido por obras de compositores consagrados como Wolfgang Amadeus Mozart, Ottorino Respighi, Aaron Copland, além de John Lennon e Paul McCartney. A performance foi pensada para criar um ambiente de tranquilidade e alívio emocional, características que fazem parte dos objetivos do programa.
Confira a programação completa das próximas apresentações neste link.
Fotos: Ivan Almeida