4ª Distrital: Defesa Profissional se reúne com a Região Sudeste do estado

Com o propósito de se aproximar das realidades médicas das Regionais no estado de São Paulo, buscando um ponto em comum das reivindicações e unificação da classe médica, na noite do dia 26 de julho, a Diretoria da Associação Paulista de Medicina se reuniu, via transmissão on-line, com representantes da 4ª Distrital da entidade.

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Com o propósito de se aproximar das realidades médicas das Regionais no estado de São Paulo, buscando um ponto em comum das reivindicações e unificação da classe médica, na noite do dia 26 de julho, a Diretoria da Associação Paulista de Medicina se reuniu, via transmissão on-line, com representantes da 4ª Distrital da entidade.

O 1º vice-presidente da APM, João Sobreira de Moura Neto, reforça que a proposta desses encontros, os quais têm ocorrido desde março deste ano com diretores da entidade na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e interior, é traçar um diagnóstico, por meio de pesquisa, sobre a relação entre profissionais e negociações com as operadoras de planos de saúde.

“O levantamento tem como objetivo entender a situação do médico em cada região, como os valores de consulta praticados, a satisfação do profissional, o relacionamento entre APM e médico e aproximação da população local. Com o diagnóstico traçado, queremos reforçar a comissão de negociação para que represente e fortaleça os médicos em suas especificidades”, acrescenta Sobreira.

Realidades

Na região de Itapetininga, a Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed) predomina. “Hoje, a consulta gira em torno de R$ 88 e o CH de 0,27, já em estudo de aumento para os procedimentos. Embora a Unimed prevaleça, ela é pequena na nossa região, mas queremos continuar assim até pelos custos. Aparentemente, os médicos estão contentes, não chegam reclamações maiores nessa área a mim”, disse o presidente da Regional de Itapetininga, Márcio Antônio Pacheco de Medeiros.

Medeiros informa ainda sobre a Apas (Associação Policial de Assistência à Saúde de Presidente Venceslau), outro convênio menor que atende os policiais da região. “Começaram a chegar aqui as conhecidas clínicas populares. Estamos estudando a ideia de criar esses modelos de clínica na Unimed para concorrência local”.

Itapeva é muito similar à Itapetininga no modelo de prestação de serviços médicos. A maioria dos profissionais atende o plano de saúde da Unimed, no entanto, o convênio próprio da Santa Casa de Misericórdia da cidade é o concorrente direto.

“Só que o volume de beneficiários da Santa Casa é bem menor. Hoje, a Unimed de Itapeva está com carteira de 15 mil beneficiários e a Santa Saúde em torno de 4 mil. O valor das consultas para os cooperados da Unimed é de R$ 80”, disse o presidente da Regional APM Itapeva, Marcelo Burgardt Rodrigues.

Rodrigues menciona que, anteriormente, a Santa Casa era o único hospital local. Em razão de pressão em negociações de honorários com a Unimed, houve uma cisão entre elas. Isso levou a cooperativa médica a construir um hospital próprio, porém não há UTI nem capacidade para a realização de cirurgias de alta complexidade.

“O plano de saúde Unimed passou por mudanças nos últimos anos. Quando passei a atuar aqui, todos os médicos faziam parte da cooperativa. Atualmente, há uma quantidade significativa de profissionais atendendo a prefeitura, os planos de saúde de família e o AME. Por isso, perdeu-se um pouco da nossa capacidade de negociação, facilitando para a Santa Casa e a prefeitura a definição de valores”, destaca o presidente.

Já em Sorocaba existem os convênios locais, de grupo, os nacionais e as Unimeds. “Os planos locais pertencentes aos setores municipais e policiais têm uma negociação razoável. Pelo menos no nosso consultório, temos utilizado a cláusula de reajuste. Isso se deve inclusive à conquista da APM, que conseguiu estabelecer contrato direto com o prestador, de tal forma que possa anualmente corrigir os valores”, pontua o presidente da APM Sorocaba, Eduardo Luís Cruells Vieira.

Os planos pagam entre R$ 60 e R$ 65 a consulta. Outros maiores, como a SulAmérica, R$ 107,12 e a Unimed com a prática de R$ 100 para enfermaria e R$ 200 no plano particular. “Tivemos recentemente invasão de operadoras de grupos, como a Intermédica”, acrescenta Vieira.

Ele relata que havia na cidade um hospital modelo antigo que foi comprado pela Intermédica e atualmente se denomina Hospital Samaritano. “Havia saguão na entrada e um vão livre e bonito para a recepção e circulação das pessoas. Hoje, os espaços foram transformados em salas administrativas e consultórios para o ‘aproveitamento’ da estrutura. É a maneira como pensam. No mais, precisamos alertar os colegas sobre a conquista dos contratos que a APM esteve à frente e entender que o médico do interior presta o mesmo serviço de qualidade da capital e precisa receber pelo mesmo procedimento”, conclui.

A Regional de Itu também compõe a 4ª Distrital, abrangendo as cidades de Cabreúva, Itu, Porto Feliz e Salto, tendo seu presidente Elvércio Pereira de Oliveira Junior. O encontro foi mediado pelo diretor da 4ª Distrital, Wilson Olegário Campagnone.

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