Ao todo, já foram contabilizados 920 casos em crianças de 33 países; Ministério da Saúde investiga 88 ocorrências e sete mortes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou 920 casos prováveis de hepatite aguda de origem misteriosa. Destes, 45 (5%) necessitaram de transplantes e 18 (2%) pacientes morreram. O número representa um aumento de 240,7% em relação ao boletim anterior, publicado no dia 27 de maio, que contabilizava 270 ocorrências suspeitos da doença.
O surto afeta 33 países. No Brasil, o Ministério da Saúde apura 88 casos e sete mortes. A doença, que atinge crianças e adolescentes, tem preocupado autoridades sanitárias do mundo, uma vez que ainda não foi identificado seu agente causador. Metade dos casos notificados está na Europa. O Reino Unido é o país maus afetado, com 267 registros. Em segundo lugar, estão as Américas, com 383 casos, incluindo 305 nos Estados Unidos.
Acredita-se que o número real de casos se ja maior do que isso, devido à baixa vigilância para detecção da doença. O surto foi inicial mente detectado em 5 de abril, quando o Reino Unido notificou dez casos de hepatite aguda grave de causa desconhecida em crianças menores de 10 anos à OMS. Todas eram previamente saudáveis.
Estudos ainda estão sendo conduzidos para entender a causa dessa doença em crianças. O adenovírus continua sendo o patógeno mais detectado entre os casos com dados disponíveis. Em seguida, está o coronavírus.
O Ministério da Saúde define como casos suspeitos aqueles que acometem jovens de até 17anoscom quadro de hepatite aguda e diagnóstico negativo para hepatites A, B, C e E, dengue, zika. chikungunya e febre amarela, entre outros, e condição que evoluiu para hepatite fulminante de causa desconhecida, de 1* de outubro a 20 de abril.
Dos quadros em investigação —que aguardam a realização de exames ou resultados —,41 são em meninas e 47, em meninos, com idades que variam de 3 meses a 6 anos.
Fonte: O Globo