Médicos levam atendimento a imigrantes

Entre os dias 16 e 20 de julho, a população carente da região central de São Paulo, sobretudo imigrantes e refugiados de fala hispânica em situação de vulnerabilidade social, poderá buscar atendimento médico na Igreja Batista do Brás

O que diz a mídia

Entre os dias 16 e 20 de julho, a população carente da região central de São Paulo, sobretudo imigrantes e refugiados de fala hispânica em situação de vulnerabilidade social, poderá buscar atendimento médico na Igreja Batista do Brás. Quem oferece a oportunidade são os médicos que formam a organização não-governamental (ONG) Voluntários por Amor, que realizam neste ano a terceira edição da atividade.

Em 2018, quando o evento contou pela primeira vez com o apoio institucional da Associação Paulista de Medicina (APM), o grupo realizou mais de 1.500 atendimentos. Ao todo, foram mais de 50 voluntários, e não apenas médicos: também participaram cidadãos que auxiliaram em áreas como cozinha, recepção, comunicação e tradução, entre outras. O grupo realizará, inclusive, um evento na sede da APM para entregar certificados para os voluntários de 2018, além de reforçar a campanha deste ano, no próximo dia 18 de junho.

“Queremos novamente convidar os colegas para se voluntariarem. Nossa ideia é que mais pessoas participem desta grande festa de solidariedade, trazendo o bem-estar para os irmãos bolivianos e latinos”, explica a anestesista Sonia Flores Mamani, coordenadora da ONG.

A ONG

O Voluntários por Amor surgiu em março de 2017, com a participação de médicos de diversas nacionalidades da América do Sul e brasileiros. O primeiro atendimento foi realizado no bairro do Brás, para quase 400 imigrantes. Formam o grupo apenas profissionais voluntários, que visam prestar serviço sobretudo às populações boliviana e latina.

Sonia explica que a necessidade de uma ação como essa é observada há muito tempo. “Desde 1999, quando comecei minha residência médica em São Paulo, vejo muitos bolivianos carentes sem atendimento. A barreira do idioma sempre fez com que chegassem muito tarde aos serviços de saúde.”

De acordo com a coordenadora da ONG, também há muitos imigrantes nas filas de espera: “Tentamos minimizar a espera com o atendimento por especialistas. Um lugar de fácil acesso para estas pessoas, com falantes do idioma deles, auxilia”.