O Ministério da Saúde investiga 88 casos e sete mortes pela hepatite aguda infantil sem causa conhecida no Brasil. A doença, que atinge o fígado de crianças e adolescentes, tem preocupado autoridades sanitárias do mundo inteiro.
No Brasil, os óbitos em investigação foram registrados no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Rio Grande do Norte. A pasta também apura se há relação entre sete casos de crianças que precisaram de transplantes e a doença misteriosa.
Há um caso suspeito em Minas Gerais, num bebê de 4 meses do sexo masculino, e mais dois em São Paulo, em meninas de 2 e 4 anos. Só um paciente permanece internado. Entre os casos prováveis, um foi registrado no Rio de Janeiro e outro em Mato Grosso do Sul, ambos em adolescentes de 16 anos.
O Ministério da Saúde define como casos suspeitos aqueles que acometem jovens deaté 17 anos com quadro de hepatite aguda e diagnóstico negativo para hepatites A, B e C, dengue, zika, chikungunya e febre amarela, entre outros, além de quadros que evoluem para hepatite fulminante de causa desconhecida, de 1® de outubro a 20 deabril.
Nos casos prováveis, além desses critérios, foi descartada também hepatite E.
Dos quadros em investigação —que aguardam a realização de exames ou resultados —, 41 são em meninas e 47, em meninos, com idades entre de 3 meses a 6 anos.
Os principais sintomas da hepatite são icterícia (pelee olhos amarelados), febre, vômito e dor abdominal. A [>asta alerta para sinais de lepatite fulminante, que éa insuficiência hepática aguda, com icterícia, coaguloatia (sangramentos pro- ongados e excessivos) e en- cefalopatia hepática (deterioração das funções cerebrais) em até oito semanas.
No mundo, já são 99 casos em investigação e 650 prováveis cm 33 países diferentes, informa o ministério. Ao todo, nove óbitos foram notificados, distribuídos por Estados Unidos, México, Irlanda, Indonésia e Palestina, além de 38 transplantes.
Fonte: O Globo