Sucesso absoluto no 1º Encontro APM para Mulheres Inspiradoras

Evento abordou a importância da moda e da comunicação visual no fortalecimento das conexões profissionais e pessoais

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 Primeira edição do evento “Encontro APM para Mulheres Inspiradoras”. (Foto: Mika Photos).

A Associação Paulista de Medicina realizou, na noite da última quinta-feira, 5 de dezembro, a primeira edição do evento “Encontro APM para Mulheres Inspiradoras”. A iniciativa teve como foco a importância da moda e da comunicação visual no fortalecimento das conexões profissionais e pessoais para as médicas. Especialistas compartilharam dicas sobre como utilizar estilo e identidade visual para aprimorar a comunicação com pacientes e seguidores.

A diretora de Serviços aos Associados da APM, Diana Lara Pinto de Santana, foi a idealizadora e responsável pela abertura do evento. “É uma alegria estar aqui na Associação Paulista de Medicina com este evento exclusivamente para mulheres. Este é o primeiro encontro das Mulheres Inspiradoras, e nossa intenção é expandi-lo para as Regionais no futuro”, destacou.

A diretora também enfatizou o objetivo do encontro: “Não estamos aqui para estereotipar mulheres falando apenas de moda, mas sim para conectar, homenagear e inspirar. Queremos abordar como o estilo pessoal agrega valor, indo muito além da estética.”

Na sequência, as palestrantes Olivia Furtado e Kamilla Silva, consultoras da Modafetiva, compartilharam suas experiências, abordando questões práticas e teóricas.

Olivia Furtado e Kamilla Silva, consultoras de moda. (Foto: Mika Photos).

Identidade Visual

Olivia e Kamilla iniciaram explicando a relação entre moda e construção de uma identidade visual que comunique valores e conecte-se emocionalmente com outras pessoas. “Quando atendemos uma cliente pela primeira vez, buscamos entender não apenas onde ela está, mas onde deseja chegar. Investigamos sua história, rotina e aspirações para construir um estilo que funcione em sua vida”, explicou Kamilla.

Para elas, a moda deve servir como uma ferramenta de autonomia. “Nosso objetivo é que as clientes consigam escolher o que vestir sem depender sempre de uma consultoria. Criar guarda-roupas funcionais, que atendam às necessidades de diferentes ocasiões sem perder a essência do usuário, também é fundamental”, completou Olivia.

Outro ponto abordado foi como a imagem pode ser adaptada às diferentes áreas de atuação médica. Olivia destacou que médicas enfrentam desafios específicos: “Uma que atende presencialmente em consultórios tem necessidades diferentes de outra que trabalha no formato on-line. Por isso, o guarda-roupa deve refletir essas realidades de forma prática e inteligente.”

Kamilla exemplificou com casos reais, como o de uma neuropediatra que desejava tornar o consultório mais acolhedor para crianças. “Diminuímos a formalidade do guarda-roupa dela, trazendo elementos visuais que dialogassem com a infância, sem perder a autoridade profissional.” Outro caso envolveu uma jovem cirurgiã que, ao sentir que pacientes subestimavam seu conhecimento, ajustou seu estilo, incluindo peças esportivas que equilibravam profissionalismo e dinamismo.

Um dos aspectos mais discutidos foi como a moda pode romper estigmas na área médica. “O modelo do médico de jaleco branco, pasta na mão e postura rígida já não representa a diversidade da Medicina atual”, comentou Kamilla. Ela reforçou que o estilo pessoal pode ser uma ponte entre o médico e o paciente, contribuindo para uma Medicina mais humanizada.

“A forma como nos vestimos é uma extensão de quem somos. Quando conseguimos refletir nossa personalidade e valores no que usamos, isso cria uma conexão autêntica com as pessoas ao nosso redor, incluindo os pacientes”, complementou Olivia.

 Primeira edição do evento “Encontro APM para Mulheres Inspiradoras”. (Foto: Mika Photos).

Dicas

As palestrantes também trouxeram orientações práticas para as participantes. Um dos destaques foi o trabalho com paletas de cores. “Todos temos tons que nos favorecem, e conhecer essas cores pode ser um divisor de águas para transmitir confiança e harmonia na comunicação visual”, explicou Kamilla. Além disso, ressaltaram a importância de investir em peças versáteis e de qualidade, que possam ser usadas em diferentes contextos, diminuindo o consumo impulsivo.

Olivia acrescentou que, além das questões estéticas, o bem-estar e a satisfação pessoal são objetivos centrais: “Às vezes, não é que a pessoa não tenha roupas interessantes, mas está presa a uma repetição que não reflete mais quem ela é. Renovar o visual é um processo de autodescoberta.”