Dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) na última terça-feira, 22 de outubro, revelam que, a cada três horas, um médico que atua no serviço público ou privado é vítima de violência no Brasil.
O levantamento foi realizado com base nos boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Polícia Civil dos estados brasileiros e do Distrito Federal entre 2013 e 2024 – sendo que os dados de 2024 ainda não estão completos e serão finalizados em 2025.
O estudo mostra que, desde 2013, foram registrados 38.074 boletins de ocorrência no País, dos quais 18.406 ocorreram em São Paulo. As vítimas foram alvo de ameaças, injúrias, desacatos, lesões corporais e difamações, entre outros crimes, ocorridos em unidades de Saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios.
Um dado alarmante é que 45% dos registros de violência em estabelecimentos de Saúde paulistas foram contra médicas, totalizando 8.100 casos nos últimos 12 anos, o que representa uma média de quase dois casos por dia.
O levantamento também revela que 45% dos ataques a médicos em São Paulo (8.400 casos) ocorreram dentro de hospitais, em ambientes como prontos-socorros, centros cirúrgicos, UTIs e consultórios. Outras ocorrências foram registradas em postos de saúde (18%), clínicas (17%) e consultórios (9%). O restante aconteceu em laboratórios, casas de repouso e outros estabelecimentos.
Os responsáveis pelos atos violentos incluem pacientes, familiares e até desconhecidos. Em alguns casos, as agressões partiram de colegas de trabalho, como enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da Saúde, envolvendo ameaças, injúrias e até lesões corporais.
Este cenário reforça a necessidade de medidas urgentes para proteger os médicos e garantir condições de trabalho seguras.
Com informações do CFM