Os delegados da Associação Paulista de Medicina participaram de Assembleias Ordinária e Extraordinária, realizadas de forma virtual, no sábado, 27 de novembro. Os encontros foram moderados pelo presidente da Assembleia de Delegados da APM, Walter Manna Albertoni, e secretariados pelo delegado Miguel Lia Tedde.
“Quero cumprimentar os diretores da APM, presidentes das Regionais e delegados pelos resultados do ponto de vista administrativo e financeiro, e pela qualidade dos serviços prestados e da representação da classe médica. Isso só é possível por conta do esforço coordenado, dedicação e talento dessa família que compõe nossa Associação Paulista de Medicina. Trabalhar com pessoas assim é como conduzir uma orquestra de virtuoses, na qual cada um desempenha seu papel com muito talento”, enfatizou o presidente da Associação, José Luiz Gomes do Amaral.
No primeiro momento, em Assembleia Ordinária de Delegados, foram aprovadas a ata da Assembleia anterior, de 30/04, por unanimidade; e a previsão orçamentária para o exercício de 2022, com 98,21% dos votos. O diretor de Patrimônio e Finanças da APM, Lacildes Rovella Júnior, fez a apresentação sobre a previsão orçamentária: “Nos baseamos no que foi realizado efetivamente até setembro de 2021, tentando prever o próximo ano, mesmo em meio a tantas instabilidades. Até hoje, sempre conseguimos fazer uma boa previsão e executar o orçamento muito próximo posteriormente”.
Foi aprovado um reajuste de 8,5% no valor da contribuição associativa da APM Estadual, de R$ 59,00 para R$ 64,00. A este valor, ainda são acrescidos os montantes relativos à Associação Médica Brasileira e à respectiva Regional de cada associado.
Para 2022, está prevista uma proporção de 82% de resultado operacional, ou seja, despesas x receitas. Sobre o tema, o diretor Administrativo e de Patrimônio e Finanças adjunto, Florisval Meinão, destacou que a Diretoria da APM mantém extremo zelo no cumprimento da execução orçamentária. “Há um bom tempo também estamos gastando menos do que arrecadamos, de forma que a sobra orçamentária é investida. O nosso edifício residencial foi construído com parte destes recursos, e já é uma fonte de renda da entidade há mais de três anos”, exemplificou.
O presidente da Assembleia de Delegados e alguns delegados parabenizaram a Diretoria pela excelente gestão da APM. “Em um ano de pandemia, em que muitas empresas faliram e muitas pessoas foram demitidas, conseguir resultados positivos é memorável”, disse a delegada Marilene Rezende Melo, que solicitou a inclusão de um voto de louvor na ata da reunião.
Assembleia Extraordinária
Na segunda parte da manhã, foi realizada Assembleia Extraordinária de Delegados, para deliberação de outros quatro pontos. No primeiro tópico, foi referendado o novo Regimento do Conselho Científico da Associação Paulista de Medicina, que já havia sido aprovado pela Diretoria da entidade em 16 de abril deste ano. Após debate entre os delegados e apresentação de alguns pontos de vista, a pauta foi aprovada por 95,92% dos votantes.
“Nos últimos anos, as especialidades médicas foram crescendo e se organizando em associações específicas, causando um afastamento paulatino da APM. E como nossa entidade precisa das especialidades para representar os médicos, simplificamos o processo de preenchimento dos cargos dos departamentos científicos, por meio de convênios de parcerias com as sociedades, em vez da eleição. Buscamos alinhamento com as sociedades de especialidades, além de organizar uma estrutura administrativa já em vigor”, explanou Amaral.
Também foi rerratificado por unanimidade o encerramento do antigo “Departamento de Previdência da APM” e retificação da titularidade de todos os imóveis registrados em seu nome, passando a constar a Associação Paulista de Medicina como proprietária. Conforme explicou Meinão, na década de 1950 – provavelmente por conta da Lei do Selo Médico – a APM tinha duas personalidades jurídicas, sendo uma delas esta do Departamento de Previdência, que não existe mais.
A partir da aprovação em Assembleia e registro da ata, cerca de 10 imóveis da APM Estadual – nas cidades de Bauru, Botucatu, Bragança Paulista, Guaratinguetá, Ourinhos, Santos, São João da Barra, São José do Rio Preto e Tupã – terão a propriedade corrigida juridicamente, uma vez que a Associação Paulista de Medicina é a sucessora do extinto “Departamento de Previdência da APM”.
Para o imóvel de Tupã, também foi referendada por unanimidade a doação de um lote de 265 metros quadrados para cumprimento de uma decisão judicial, fruto de acordo com antigo funcionário da Regional.
Por fim, os delegados aprovaram, com 94,44%, um projeto imobiliário no imóvel da Sede Campestre da APM, com base no estudo de viabilidade turística e hoteleira contratado pela entidade. “Nossa sede campestre é muito bonita, e em local privilegiado. Porém, um imóvel desse porte tem um custo muito grande. E com a pandemia, o déficit que já existia se avolumou ainda mais. Nosso Conselho Fiscal já havia sugerido tomarmos providências, e foi constituído um grupo de trabalho na nossa Diretoria, que estruturou um projeto nos últimos oito meses, com o auxílio de um consultor especialista no ramo”, resumiu o diretor Administrativo da Associação.
A proposta imediata para trazer maior rendimento e reduzir o déficit é a utilização da sede campestre da APM como hotel fazenda – com abertura para o público externo, especialmente nos dias de semana, quando o espaço é subutilizado, a partir de janeiro de 2022. Para poder aumentar o valor das diárias – para o público externo, mantendo a tarifa subsidiada para os médicos associados – e a satisfação dos hóspedes, está sendo feito um retrofit básico nas suítes e chalés. E o restaurante também será aberto ao público.
Como a medida ainda não vai zerar o déficit e permitir que a sede campestre se torne uma fonte de renda para a APM, mesmo com ocupação plena, foi criado um projeto de construção de um resort com 300 unidades habitacionais e um centro de convenções para mil pessoas, prevendo também ampliação do lazer e do parque aquático. “Neste caso, a Associação entrará com o terreno, sem desembolsos financeiros, e a obra será custeada no sistema de multipropriedade, que é um modelo de negócios que tem crescido muito no País, mesmo em meio à pandemia”, finalizou Florisval Meinão.