Os delegados da Associação Paulista de Medicina aprovaram a prestação de contas referente ao exercício de 2021 em Assembleia Ordinária realizada no último sábado, 30 de abril, no Auditório da entidade. O encontro foi conduzido pelo presidente da Assembleia de Delegados, Walter Manna Albertoni.
O presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, abriu a reunião, reforçando os muitos motivos para todos poderem celebrar o fato de estarem juntos presencialmente, após mais de dois anos. “Nos sentimos como náufragos que voltaram à praia, com o retorno à vida ‘normal’. Isso não significa que a pandemia terminou, ainda observamos flutuações e seguimos alertas, mas temos que seguir em frente. Infelizmente, perdemos muitos colegas neste período, em função da pandemia que ainda nos assola, ou por outros motivos.”
Em seguida, houve uma homenagem aos delegados e diretores da APM falecidos desde o início da gestão: Wilson Diogo Fernandes Filho (delegado pelo interior – São Caetano do Sul / 25.10.1973-03.12.2020), Guilherme Alves Neto (delegado pelo interior – Rio Claro / 22.08.1951-06.01.2021), Telma Regina da Cunha Gobbi Francischone (delegada pelo interior – Bauru / 23.12.1958-11.02.2021), Luiz Carlos João (diretor adjunto de Patrimônio e Finanças da APM Estadual / 12.07.1946-09.05.2021), Augusto Cesar Monteiro (delegado pela capital / 31.05.1949-08.06.2021), Osmar Bergamaschi (delegado pela capital / 23.04.1953-26.08.2021), Edson de Souza Freitas (delegado pelo interior – São Caetano do Sul / 21.12.1953-09.11.2021) e João Eduardo Charles (diretor da 1ª Distrital, delegado pelo interior – São Bernardo do Campo e 1º secretário da Assembleia de Delegados da APM Estadual/ 19.10.1954-14.01.2022).
Os delegados Diana Lara Pinto de Santana e Miguel Lia Tedde foram indicados como 1ª secretária e 2º secretário da Assembleia de Delegados, respectivamente. As atas das Assembleias Ordinária e Extraordinária de Delegados, ambas de 27 de novembro de 2021, foram aprovadas por unanimidade.
Prestação de contas
O diretor de Patrimônio e Finanças da APM, Lacildes Rovella Júnior, fez a apresentação sobre as contas do exercício de 2021: “Vale ressaltar que estes valores foram orçados em plena pandemia, em meio a tantas incertezas. Entretanto, mesmo sem saber se iríamos arrecadar tudo o que estava previsto, conseguimos manter todas as atividades da Associação e as contas em dia. O que nos mantêm firmes até hoje é trabalhar sempre com a previsão de gastar menos do que é arrecadado. As reformas necessárias para o bom funcionamento da entidade também estão sempre sendo feitas, sem deixar dívidas para a atual e para futuras gestões”.
O diretor Administrativo e de Patrimônio e Finanças adjunto, Florisval Meinão, destacou os dados da evolução do resultado operacional. “Desde a minha primeira gestão como presidente, em 2011, passamos a fazer uma previsão orçamentária muito bem detalhada, e sempre projetamos sobras financeiras. Destaco que em 2017, arrecadávamos R$ 47,3 milhões, e em 2021 chegamos a R$ 36 milhões, muito em função da perda de associados. Felizmente, conseguimos manter o padrão de superávit mesmo em meio à pandemia, graças a uma série de medidas administrativas, como readequações de contratos e redução do número de colaboradores, que não são tão simples de serem tomadas, mas que precisaram ser realizadas.”
Meinão ainda destacou três grandes projetos da Associação que estão em andamento e trazem perspectivas de receitas futuras. “O Instituto de Ensino Superior da APM, que já está em funcionamento; o revigoramento da venda do nosso principal produto, os planos de saúde para os médicos; e a readequação do clube de campo, que tem um déficit anual muito grande (entre R$ 2,5 e 3 milhões), para se tornar um hotel fazenda, aberto ao público externo, para ser utilizado principalmente nos dias de semana”, informou.
O diretor ainda adiantou que é possível, para este ano de 2022, que as curvas de despesas e receitas não fiquem tão distantes, por conta destes investimentos para aumentar as receitas da Associação e não depender tanto da contribuição associativa no futuro.
A pauta também foi aprovada por unanimidade pelos delegados presentes, com um voto de louvor proposto pela delegada Marilene Rezende Melo, que destacou o trabalho dificílimo de conseguir um saldo positivo mesmo em meio à pandemia.
Assembleia Extraordinária
Em seguida, os delegados participaram de Assembleia Extraordinária, em que foram aprovadas por unanimidade a titulação de Gilberto Tanos Natalini como associado honorário e a reforma do Código Eleitoral da APM.
“Associado desde 1982, Natalini está sempre presente nesta casa. Ele se notabilizou ainda durante a faculdade, como líder estudantil, e esteve envolvido desde o início de sua carreira em atividades de voluntariado médico, de forma muito discreta. Nunca teve nenhuma reserva para defender os médicos enquanto trabalhou como parlamentar. Foi um dos vereadores mais ativos da cidade de São Paulo, foi deputado também, e apoiou a classe e a APM em todas as iniciativas. É um orgulho tê-lo em nosso quadro associativo, e pelo trabalho hercúleo e incessante que exerce, nossa Diretoria decidiu conceder-lhe o título de associado honorário, o que fazemos com muita parcimônia e critério, apenas para profissionais que realmente se destacam em nosso meio”, resumiu o presidente da APM.
Sobre a reforma do Código Eleitoral da Associação, Amaral destacou que foram apenas ajustes de redação e numeração, sem nenhuma alteração de conteúdo: “Como aprovamos anteriormente mudanças no Estatuto, muitos artigos dele aos quais o Código Eleitoral se refere mudaram de nome e número, por exemplo”.
Participações especiais
O presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, e o presidente da Academia Paranaense de Medicina, Jurandir Marcondes Ribas Filho, prestigiaram as Assembleias da APM.
Fernandes relembrou a contribuição da Associação Paulista de Medicina e dos médicos de São Paulo para sua eleição na AMB. “Recebi a minha carteirinha do CRM aqui na APM, e sou associado desde então. A vitória da Diretoria que capitaneio desde o início de 2021 não seria exitosa sem a contribuição de todos. Tanto o estado de São Paulo quanto o Paraná eram marginalizados por aqueles que dirigiam nossa associação nacional na gestão anterior, o que era inaceitável. Jamais vou me esquecer desse valioso apoio. Neste quase um ano e meio de trabalho, recompusemos a relação com todas as federadas, incluindo SP e PR. Não precisamos estar alinhados em todas as posições, mas temos que ser transparentes e abertos ao contraditório.”
“Nossos estados têm uma ligação histórica, já que o Paraná era uma comarca da Província de São Paulo até 1853. Quero agradecer o convite para estar aqui hoje neste evento e todo o apoio que sempre recebi da Diretoria da APM e dos médicos de São Paulo, especialmente na minha eleição como presidente da AMB, em 2017. Hoje, vivemos um momento bastante agradável, e me orgulho de integrar a atual Diretoria da Associação, agora como 2º vice-presidente”, finalizou Jurandir.
Fotos: BBustos Fotografia