No intuito de apresentar a prestação de contas da Associação Paulista de Medicina referente ao último ano, foi realizada Assembleia Ordinária de Delegados, no último sábado, 29 de abril. Durante a reunião, não houve menções de reparos na ata da Assembleia de 19 de novembro de 2022, sendo esta aprovada por unanimidade, assim como a prestação de contas apresentada.
O presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, apresentou a mesa solene, composta pelo presidente da Assembleia de Delegados, Walter Albertone, e pelos secretários Alice Antunes Mariani e Leandro Colturato. Os diretores de Patrimônio e Finanças, Lacildes Rovella Júnior e Florisval Meinão, foram os responsáveis pela apresentação das contas.
“Essa demonstração, ao longo de toda a nossa permanência na Associação Paulista de Medicina, já foi realizada diversas vezes. A cada apresentação, tentamos transformar e aperfeiçoar tudo o que acontece aqui dentro, para que, assim, possamos conduzir a gestão desta entidade da forma mais transparente e correta possível”, disse Rovella.
Receitas
Ao apresentar as receitas e despesas operacionais de 2022, Lacildes Rovella relembrou as benfeitorias que foram realizadas: “Muitos investimentos foram feitos para melhorias na entidade, especialmente no Hotel Fazenda. A APM tem reservas e elas estão no mesmo nível. Tivemos despesas em relação aos funcionários, já que o quadro de colaboradores foi ampliado, além do dissídio coletivo”.
De acordo com ele, apesar de a APM ter perdido receitas operacionais por conta da pandemia de Covid-19, isso não quer dizer que possua dívidas. “Previmos arrecadar 38 milhões, e arrecadamos 38,9 milhões. Previmos e estávamos certos, porque não dá para se gastar mais do que se ganha. Mesmo diante de um ano difícil, conseguimos ficar no azul.”
Florisval Meinão, por sua vez, relembrou que a instituição sempre trabalhou com a premissa de gastar em torno de 80% a 85% do que é arrecadado. E por meio de uma previsão orçamentária, é possível ter noção de quanto será arrecadado no ano seguinte, já que uma associação é sempre muito vulnerável e é fundamental haver reserva financeira suficiente para lidar com situações adversas – como foi o caso da pandemia de Covid-19.
“Em 2021, praticamente fechamos a APM, não havia eventos e o nosso edifício residencial se viu com seus moradores indo embora. Isso tudo afetou a nossa receita. Em 2022, tivemos um superávit de 900 mil reais, o que dá, mais ou menos, 4%. Com a redução do quadro associativo em função do plano de saúde, que se tornou não muito competitivo, da pandemia e das razões que demonstram que o associativismo está sofrendo, realizamos uma série de projetos que precisaram de investimentos, o que motivou para que não tivéssemos esse diferencial de 15% a 20% entre receitas e despesas em 2022”, relembrou.
Dentre os investimentos está a transformação do antigo Clube de Campo – que gerava um déficit mensal em torno de R$ 300 mil – em Hotel Fazenda. Sendo assim, houve a contratação de uma empresa de hotelaria para conduzir o processo e fazer o local gerar mais receita. Meinão destacou as reformas já realizadas e que ainda há muito para ser feito. Além disso, a APM está com o projeto de construção de um resort no local.
O diretor ainda pontuou as mudanças nos serviços de plano de saúde, que buscam se adaptar às novas exigências do mercado e estão possibilitando o retorno dos médicos à entidade. “A APM sempre foi referência em plano de saúde para os médicos. Há muitos anos, lançamos o plano coletivo por adesão, mas a questão é que este já não é mais o melhor produto. Por isso, além de melhorarmos as condições do produto, também permitimos a opção de PME para os nossos associados e criamos um serviço de conciergeria, em que os médicos têm tratamento VIP.”
Parceria
O presidente da Associação Médica Brasileira, Cesar Eduardo Fernandes, também participou da Assembleia, relembrando que o apoio da Associação Paulista de Medicina foi fundamental para reerguer a AMB, tendo a entidade paulista um papel de protagonismo na tomada de decisões e nos projetos de reestruturação da entidade nacional que, até então, estava praticamente quebrada e repleta de desvios.
“A APM representa quase 60% dos associados da AMB e foi com esse apoio que construímos uma nova Associação Médica Brasileira, como nos propusemos a fazer desde o início, com organização, estrutura bem direcionada e administração. Durante toda a gestão, andamos ladeados com a APM, o que é muito importante para o movimento médico associativo. Venho aqui com muita alegria e satisfação. Quero agradecer, porque sem a APM não teríamos feito essa trajetória”, declarou.
Por fim, o presidente da APM encerrou a Assembleia, agradecendo aos representantes da entidade pelo contínuo esforço e espírito de trabalho em equipe. “A Associação Paulista de Medicina é uma instituição privilegiada em poder contar com a participação ativa de todos os seus delegados.”
Após a Assembleia, foi servido um almoço para os delegados, em que compareceu o atual secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva.
Fotos: BBustos Fotografia