APM repudia agressões e excesso policial contra médica do Hospital Ipiranga

A Associação Paulista de Medicina demonstra sua indignação e solidariedade à médica de 53 anos que foi algemada durante plantão na UTI

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A Associação Paulista de Medicina demonstra sua indignação e solidariedade à médica de 53 anos que foi algemada durante plantão na UTI do Hospital Ipiranga e levada em viatura policial ao 17º DP, no último domingo, 1º de outubro. A APM também repudia o aparente excesso policial sofrido pela profissional.

Conforme noticiado pela imprensa, profissionais da Polícia Militar foram até o hospital para obter informações de saúde de um policial aposentado que estava na UTI da instituição.

Testemunhas alegaram que a médica não teria passado as informações, uma vez que elas só podem ser dadas a familiares – conforme determina o artigo 75 do Código de Ética Médica – e que os médicos devem cumprir deveres éticos, de sigilo e confidencialidade.

O entendimento foi confirmado pela Secretaria de Saúde, que informou que “de acordo com a legislação, boletim médico só pode ser passado a familiares, responsáveis legais ou por determinação judicial” e que o Hospital Ipiranga dará total apoio à médica.

Na versão dos policiais, a profissional teria arremessado um documento no rosto de um tenente, ainda que o motivo não tenha sido informado na ocorrência, sendo então detida por desacato.

A médica foi liberada após se comprometer a comparecer perante o Juizado Especial Criminal (Jecrim) quando intimada. A Polícia Militar alega que irá apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação e que, se comprovado o excesso, medidas serão adotadas.