APM lamenta profundamente o falecimento de seu ex-presidente José Knoplich

Filho de imigrantes poloneses, ele nasceu em 1935 e formou-se em 1959 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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É com profundo pesar que a Associação Paulista de Medicina recebeu a notícia do falecimento de José Knoplich – que foi presidente da entidade entre 1993 e 1995 – no último domingo, 6 de outubro.

Eleito na época com 61% dos votos, prometeu e cumpriu atenção especial ao interior. Entre as prioridades para sua gestão estavam reciclagem, informatização, previdência e aposentadoria, recursos para as Casas do Médico e participação da APM como ONG na solução da Saúde pública.

“Voluntariamente, percebi que como remanescente de uma espécie em extinção, médico que vive só de clínica particular, sem convênios, não poderia continuar como presidente”, escreveu em editorial do Jornal da APM de julho de 1995, justificando sua opção por não tentar a reeleição.

No mesmo texto, tornou público seu apoio a Eleuses Vieira de Paiva, que viria a sucedê-lo na Presidência da APM: “Dr. Eleuses Vieira de Paiva, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto, conseguiu mobilizar a cidade inteira em julho/94 para impor a todos os convênios a Tabela AMB/92, realizando assembleia com 300 a 400 médicos presentes, que pessoalmente presenciei em duas ocasiões… Eleuses Paiva poderá lutar nessas novas realidades brasileiras, por uma justa remuneração médica. Nem Guerra nem eu temos essas condições excepcionais de luta”.

Filho de imigrantes poloneses, ele nasceu em 1935 e formou-se em 1959 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pioneiro no tratamento de dores crônicas na coluna, foi autor de vários livros, entre eles “Viva bem com a coluna que você tem”, que atingiu a marca de 33 edições, e outros como “Enfermidades da Coluna Vertebral”, “Desvio da Coluna: Endireite as Costas”, “Osteoporose: o que você precisa saber” e “Fibromialgia, Dor e Fadiga”.

Além da APM, presidiu a Federação Israelita Paulista e foi membro emérito da Academia Brasileira de Reumatologia, cadeira 44. Casou-se com Gilda (in memoriam) em 1961, tendo quatro filhas – Márcia, Célia, Débora e Patrícia.

Ao longo de seus 89 anos de vida, deixou um legado de inovação e empatia na Medicina, tendo como lema “Saúde e Alegria” – que se tornou uma saudação conhecida entre seus pacientes, amigos e colegas.

Fotos: Arquivo APM