Na última terça-feira, 27 de julho, Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina (APM), e César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), participaram de reunião para tratar das propostas de reforma tributária com servidores do Executivo Nacional.
Ao todo, se encontraram representantes de mais de uma dezena de setores da Economia, o secretário especial da Receita Federal, José Tostes, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, e o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos.
O grupo solicitou, principalmente, que a proposta de reforma do imposto de renda mantenha neutra a carga tributária das empresas. É exigência de quase todos os empresários que participaram do encontro que a distribuição de dividendos não seja alterada no contexto do Projeto de Lei 2.337/2021, que altera o mecanismo.
Hoje, a distribuição de dividendos é isenta, mas caso o texto avance, passará a ser taxada em 20% de imposto de renda, como forma de compensar o corte na tributação das empresas.
Sobre o tema, AMB e APM publicaram carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no último dia 22: “A Reforma deve ser inteiramente revista quanto aos dividendos para as atividades médicas. Da forma como é ofertada à sociedade, traz tão somente mais aumento de impostos e incertezas tributárias”.
“Provocará o fechamento e o encerramento de várias empresas, com consequente impacto nos empregos ligados à área da Saúde, como os de enfermeiros, instrumentistas e outros colaboradores. Será uma bomba-relógio para a Economia, desorganizando completamente a atividade empresarial”, diz o comunicado.