No dia 28 de maio, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Antonio José Gonçalves, esteve presente na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo para uma reunião com o secretário de Saúde, Eleuses Paiva. O encontro também contou com a participação do presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, e do diretor Científico da instituição, José Eduardo Lutaif Dolci.
Segundo Gonçalves, a APM está buscando a ajuda do secretário para que ele possa ser um intermédio entre a entidade e os parlamentares, possibilitando que a APM tenha mais força e seja mais conhecida dentro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. “Tudo isso, para que possamos ter uma introdução mais ampla no parlamento e consigamos sucesso em nossas reivindicações.”
Dentre as reivindicações mencionadas, está a questão da carreira do médico de Estado. O presidente da APM explicou que foi solicitada a atuação de Eleuses e das demais vertentes da Secretaria neste sentido. Antonio Gonçalves relembrou, ainda, que durante uma reunião realizada com o então procurador geral de Segurança Pública de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, em fevereiro, foi apontado que seria possível que o plano de carreira fosse feito no estado – nos mesmos moldes em que realizaram a Tabela SUS Paulista.
“De acordo com Eleuses, isso é difícil, mas ele acha que é possível. Ele já havia trabalhado nesta questão na época em que foi deputado federal, mas não conseguiu, pelo fato de a Medicina não ser considerada oficialmente uma área essencial de Saúde. No entanto, como a Constituição diz que Saúde é um dever do Estado e um direito do cidadão, há uma brecha, e podemos considerar a Medicina como uma profissão essencial sim. O secretário acha melhor que o primeiro passo seja trabalharmos no sentido de tornarmos o reconhecimento da Medicina em uma profissão essencial, assim, os problemas seriam menores para que pudéssemos ter uma carreira de estado do médico em São Paulo”, explicou.
Demais reivindicações
Dentre as outras pautas abordadas na reunião, um tema em comum, tanto para a APM quanto para a AMB, é a necessidade de realização de cursos de urgência e emergência – para a área clínica e cirúrgica – nas diretorias das Regionais de Saúde da Secretaria. “Há o interesse do Estado em financiar isso. Possivelmente, vamos fazer um grupo de estudo para trabalhar nesta temática e realizar os cursos usando a infraestrutura da própria Secretaria no interior ou de nossas Regionais.”
Segundo Gonçalves, na reunião, a AMB tinha uma agenda específica voltada ao Congresso de Medicina Geral da AMB – que acontece de 25 a 27 de julho, no Distrito Anhembi, em São Paulo –, solicitando apoio e, eventualmente, algum patrocínio por parte da Secretaria, além de oferecer vagas para médicos da rede, uma vez que o congresso é voltado aos generalistas e contará com mais de 250 palestras realizadas pelas 54 sociedades de especialidades. “O secretário ficou bastante satisfeito com a iniciativa”, complementou.