Conselheiro de Botucatu fala à Rede Globo sobre Dia Mundial de Combate ao Glaucoma

Em entrevista ao jornal Tem Notícias, da Rede Globo de Bauru, médico ressaltou a importância de se consultar regularmente com um oftalmologista

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No dia 12 de março, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Glaucoma, no intuito de conscientizar a população a respeito dos riscos e da prevenção contra esta doença que, apesar de silenciosa, é perigosa e pode levar à cegueira quando não tratada corretamente. Para falar sobre o tema, Noé Luiz Mendes De Marchi, presidente da Unimed Botucatu e Conselheiro Fiscal da Associação Paulista de Medicina do mesmo município, concedeu entrevista ao jornal Tem Notícias, da Rede Globo de Bauru e Marília.

Segundo a reportagem, a Sociedade Brasileira de Glaucoma estima que mais de 2 milhões e meio de brasileiros convivem com a condição. Conforme explicou De Marchi, na fase inicial a doença não dá sinais e a partir do momento em que o paciente perde a visão central costuma ser tarde demais, já que a maior causa mundial de cegueira irreversível hoje é o glaucoma.

De acordo com o médico, a prevenção está nos exames de rotina. “Naqueles exames que vai para trocar os óculos, por exemplo. O oftalmologista vai procurar o glaucoma, ver como está a pressão, o fundo do olho, o campo visual. É um contexto todo para a gente identificar se a pessoa está tendo o glaucoma ou não, porque a perda da visão, neste caso, começa de fora para dentro, então demora para o paciente perceber que a visão está sendo comprometida.”

O especialista indicou que o glaucoma crônico de ângulo aberto é a forma de manifestação mais comum da condição. Ela geralmente acomete pacientes acima dos 40 ou 50 anos. “A pressão intraocular vai subindo lentamente, por isso que não tem dor, e com a maturidade, depois dos 60, isso aumenta um pouco mais. Outra coisa importante é o fator hereditário. Então, se já tem alguém da família com glaucoma, precisamos de uma atenção especial para ir acompanhando (…), tratando é muito difícil de a doença evoluir, o duro é quando faz o diagnóstico e não trata.”

De Marchi reforçou que os locais de atendimento devem proporcionar aos pacientes cronômetros sensíveis e automatizados que possibilitem ver a fundo do olho, no nervo ótico, para identificar quando a pressão está elevada. “Olhando o fundo do olho, você vê o nervo, se ele está sendo afetado ou não. É o mínimo, esse é o básico para, daí, havendo suspeita, entrar em exames específicos”, complementa.

Fotos: Reprodução TV Globo