Atualizações na Odontologia do Sono são tema de Sleep Talks

Lives são aquecimento para o XXII Congresso Paulista do Sono, que acontece em junho

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Na noite da última quinta-feira, 3 de abril, a comissão organizadora do XXII Congresso Paulista de Medicina do Sono, da Associação Paulista de Medicina, realizou a primeira edição do Sleep Talks de 2025. A série de lives se configura como um aquecimento para o evento, que acontece durante os dias 13 e 14 de junho, no Villa Blue Tree, em São Paulo.

Como primeira convidada, a presidente desta edição do Congresso, Erika Treptow, recebeu Cibele del Fabbro, professora adjunta da Faculdade de Medicina Oral da Universidade de Montreal, no Canadá, e coordenadora Científica da Academia Brasileira de Sono, para falar sobre as principais atualizações na Odontologia do Sono.

“A ideia é trazer temas para vocês que a gente não vai ter tanto tempo para discutir durante o Congresso e já trazer os palestrantes que estarão conosco”, descreveu a presidente do evento.

Bruxismo

Segundo Cibele, há diferenças marcantes entre bruxismo noturno e de vigília. “O bruxismo não é a mesma coisa, até porque a vigília e o sono são condições fisiológicas bastante diferentes e cada vez a literatura mostra mais que o bruxismo do sono tem uma origem central, enquanto o bruxismo da vigília é muito comportamental, relacionado a estresse e quadros ansiosos, tipos de personalidade. Um alimenta o outro, mas o paciente pode ter só o bruxismo do sono ou só o da vigília.”

A especialista demonstrou que o bruxismo é uma condição crônica, que passa por flutuações ao longo da vida, e que não necessariamente há uma cura. Para ela, em termos de diagnóstico, é levado muito em conta o relato do paciente e de seus acompanhantes, que percebem e relatam comportamentos diferentes.

Ela expôs que há diferenças notáveis na manifestação entre mulheres e homens. “De um lado, a gente tem aqueles pacientes que têm o bruxismo associado à apneia, que são os homens com sobrepeso e, em média, acima dos 50 anos. Do outro, a gente tem mulheres de 30 a 50 anos com insônia. Não dá para colocar todo mundo no mesmo grupo porque temos fenótipos diferentes, que temos de prestar atenção.”

Sobre opções de tratamento, a dentista salientou que, o que se considera, na realidade, são formas de controle – já que a abordagem muda dependendo se há ou não presença de dor. “Acho que é muito uma questão de tentar controlar esse efeito colateral, às vezes com placa ou com botox, se o paciente tem dor. A gente trabalha muito em parceria com a fisioterapia também. Há a acupuntura, que eu gosto muito. É uma associação de abordagens”, argumentou.

Erika Treptow finalizou a live agradecendo a participação de Cibele, reforçando a importância de individualizar o tratamento e de sempre retornar ao dentista. “Como você falou, tem épocas em que vai entrar com o tratamento mais intensivo e outras em que a pessoa ficará sem tratamento algum. Mantenha esse acompanhamento porque, realmente, as coisas podem mudar com o tempo.”

O Congresso Paulista do Sono está chegando e as inscrições já estão abertas. Para realizá-las e saber mais sobre o grande evento, acesse este link. 

Fotos: Reprodução Sleep Talks