Palavra do Presidente – Pilares Estratégicos da Associação Paulista de Medicina

Por Antonio José Gonçalves, presidente da APM

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No final do ano passado, foi feito o planejamento estratégico da Associação Médica Brasileira na cidade de Salvador (BA), Houve a participação ativa de nove diretores e delegados da APM. O resultado deste trabalho pôde ser sintetizado em 13 pilares estratégicos. que deverão nortear as atividades do associativismo nos próximos três anos, em nosso estado e Pais. Assim, o que escrevo a seguir são os caminhos que deveremos trilhar no intuito de fortalecer nossas entidades, particularmente as associações médicas.

Começamos pelos jovens médicos. A ideia é aumentar a filiação deles. É tarefa difícil, pois os jovens ignoram o associativismo. Por isso, temos que desenvolver estratégias para tornar a filiação mais interessante. O segundo pilar é a participação ativa nas políticas públicas de Saúde (SUS). nas questões relacionadas a vacinas, atenção primária, secundária, terciária e quaternária.

Outro aspecto fundamental é o relacionamento com as operadoras de planos de saúde, na busca da sustentabilidade do sistema suplementar e remuneração médica justa, opinando ainda sobre a regulamentação da Reforma Tributária. Por outro lado, o fortalecimento do título de especialista e talvez nossa principal bandeira, visto ser ainda o único exame que prima pela qualidade do médico, no caso especialista.

Há que se construir ainda uma política de relacionamento, benefícios e de educação com os médicos generalistas, que hoje somam aproximadamente 250 mil colegas no País. Fundamental também que se elaborem modelos de avaliação autônomos e independentes das escolas médicas/egressos dos cursos de Medicina e, por que não, dos programas de residência médica/egressos das RMs.

O associativismo está em crise e, portanto, necessitamos pensar um novo modelo associativo trazendo as sociedades de especialidades para junto das associações médicas. Igualmente importante são as ações para proteção do Ato Médico e da mulher médica.

Desta maneira, urge fortalecermos a representatividade política da APM, em conjunto com a AMB. E trabalhar junto ao Conselho Federal de Medicina a possibilidade de o médico anunciar cursos realizados, além de valorizar o título de especialista/RQE

Aprimorar nossa Comunicação e Marketing com os médicos e a sociedade civil é necessário para a consecução de nossos desideratos mais legítimos. Além de incrementar as ações de divulgação da Educação Médica Continuada e de apoio ao Instituto de Ensino Superior da APM, no sentido de fortalecê-lo.

Otimizar a estrutura física da APM e de suas Regionais, tornando-as sustentáveis, também faz parte dos pilares estratégicos. Vejam que é uma lista imensa. E a palavra que fica para podermos tornar realidade todas estas propostas é uma só: UNIÃO

As entidades médicas – associações, conselhos e sindicatos – têm objetivos claros e diferentes. Temos sim divergências políticas. E isso é salutar. Mas temos também esta imensidão de pautas em comum, que só conseguiremos realizar se nos unirmos.

Vamos lá! Juntos e em frente! Pelo bem do médico e da Saúde da população!

Publicado na edição 743 da Revista da APM