O tema deste encontro é a multiplicidade. Como diferentes organismos se coordenam em prol de um objetivo. No Sistema Financeiro Nacional, esta coordenação garante a você, investidor, a segurança no processo. Temos no Conselho Monetário Nacional (CMN) o principal órgão normativo que dita as regras que devem ser seguidas pelos chamados operadores do sistema, como bancos, corretoras, bolsa de valores, seguradoras etc.
O Banco Central do Brasil (BCB) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cujas competências são estabelecidas em Lei, regulam e fiscalizam a atuação destes. Além deles, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) é responsável por definir uma série de boas práticas para as empresas desses setores, além de oferecer certificações para os profissionais das áreas.
Na Medicina, interagem o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Conselhos Regionais (CRM), as Associações. Estamos sempre lidando com inúmeras possibilidades. Vejam o corpo humano. Dispomos de uma maravilhosa máquina biológica composta por sistemas, na qual trabalham divinamente orquestrados os grupos de órgãos que produzem e sustentam nossa vida. A multiplicidade de agentes, funções e inter-relações é uma constante. Em praticamente todo grande sistema acontecem interações simultâneas.
Vamos falar um pouco sobre os diversos produtos que encontramos no mercado financeiro. Sobre multiplicidade, podemos começar abordando os fundos de investimento. No mercado financeiro, a multiplicidade pode também existir na forma de estratégias, sendo esta a principal característica dos fundos multimercados. Estes fundos podem aplicar em diferentes mercados: renda fixa, câmbio, renda variável, derivativos, moedas, commodities e ativos no exterior, sem o compromisso de concentração… Esta flexibilidade na alocação permitir ao gestor liberdade para identificar boas oportunidades e objetiva oferecer aos investidores maiores rendimentos.
De toda sorte, existem fundos multimercados que permitem aos investidores uma alocação com várias exposições. Trata-se de uma boa solução para uma diversificação de forma prática, pois um único produto reúne diversos ativos: é simples, acessível e fiscalmente eficiente, e a indústria possui diversos fundos compatíveis com os mais diferentes perfis de risco.
A ANBIMA classifica os fundos multimercados inicialmente de acordo com o tipo de gestão e riscos, e posteriormente sobre as principais estratégias. E por que isso é relevante? Pois é possível calibrar a escolha dos gestores com base nas suas visões e aptidões.
Tal como na Medicina, procedimentos são feitos com especialistas.
Até breve!
Roberta Figueira tem 28 anos de carreira, com passagens por grandes bancos do mercado, como CCF, HSBC, Merril Lynch, UBS e Safra. Tem experiência em Gestão de Operações, Valores Imobiliários, Gestão de Ativos e Fundo de Fundos. É planejadora financeira com certificação internacional CFP®, aderindo assim ao código de ética e conduta da profissão com padrão internacional. Em 2022, conquistou o exclusivo selo de Assessoria Private Wealth Planning pela XP Investimentos.