Neste dia 4 de março, completo 100 dias à frente da Associação Paulista de Medicina. Desde a posse, em 25 de novembro do último ano, temos tido intensos e desafiadores dias de gestão em nossa querida e tradicional entidade. As questões administrativas e financeiras se somam à representatividade de nossa APM em todo o estado.
Do ponto de vista administrativo, temos tomado algumas medidas no sentido de racionalizar os nossos gastos e minimizar ou eliminar itens deficitários, o que envolve a revisão e a adequação de todos os contratos e do quadro de funcionários, de nossa sede social e do Hotel Fazenda, além da terceirização de alguns serviços. O objetivo é equacionar a relação entre as receitas e despesas, considerando a previsão de uma perda considerável nas arrecadações.
Trabalhamos também de forma a melhorar cada dia mais a nossa prestação de serviços e a oferta de benefícios aos associados, bem como incrementar a divulgação da APM de forma a conquistar novos associados e aumentar as receitas.
Sendo a educação médica de qualidade um dos pilares da Associação, temos atuado, especialmente desde o último ano, de forma intensa em relação ao tema. Tentar frear a abertura de ainda mais faculdades e vagas de Medicina tem sido o foco das nossas ações recentes.
Já participamos de reuniões e audiências com diversas autoridades, como o ministro da Educação, o vice-presidente da República e ministros do Supremo Tribunal Federal, além de audiências no Senado e com deputados federais e participação em eventos sobre o tema. E em dezembro, conversamos com a nova presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini, sobre exame de proficiência para médicos, semelhante ao que temos no Direito.
Nossas Diretorias e Departamentos seguem trabalhando intensamente nestes primeiros dias de gestão, a exemplo da Defesa Profissional, que apresentou os resultados do ano das negociações de honorários logo no início de dezembro.
Ainda sobre o tema, tivemos a felicidade de ver publicada a nova Tabela SUS Paulista nos últimos dias de 2023, e agora trabalhamos junto ao Ministério Público para que os médicos recebam integralmente os reajustes concedidos pela Secretaria de Saúde.
A Reforma Tributária também é um ponto de extrema importância para a APM, que se mantém atuante e vigilante em relação às propostas – de forma a não aumentar a carga de impostos para os médicos e pacientes – há quase sete anos. No fim de dezembro, foi promulgada e publicada no Diário Oficial da União, sendo que nosso trabalho agora é em relação à sua regulamentação por meio das leis complementares.
Ainda neste início de gestão, obtivemos outra importante conquista do movimento médico – por meio de pedido do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ao ministro do STF Edson Fachin –, uma vez que a Justiça modificou a nomenclatura de “erro médico” para “danos materiais ou morais decorrentes da prestação de serviços de Saúde”, tirando a presunção de preconceito e parcialidade contra a classe médica.
Seguimos trabalhando, fortes e unidos – entre nós e com as demais entidades médicas em nível estadual e nacional, uma vez que esta é a única maneira de termos êxito em nossos propósitos – de forma a manter a Associação Paulista de Medicina forte, sustentável e representativa.
Que venham muito mais dias de conquistas!
Antonio José Gonçalves, presidente da Associação Paulista de Medicina
[CRM-SP 25.374 | RQE-SP 18.049 e 19.162]
Foto: Alexandre Diniz