Na manhã da última quinta-feira (5), a Assembleia dos hospitais participantes do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH), realizada de forma on-line, contou com palestra do coordenador da graduação do Instituto de Ensino Superior da Associação Paulista de Medicina (IESAPM), João Luiz de Souza Lima.
O curso superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar, já com a primeira turma iniciada, foi autorizado pela Portaria do Ministério da Educação (MEC) N° 711, de 15 de julho de 2021, com carga horária total de 2.540 horas, organizadas em módulos.
“Temos ainda três processos de pós-graduação para os próximos meses. A nossa proposta é o IESAPM promover cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu (mestrado e doutorado). E oferecer não apenas a modalidade presencial na sede estadual, como também ensino a distância”, informa Lima.
O coordenador do curso explica ainda que boa parte dos estudantes da graduação já atua na área da Saúde. “Estamos preparando agora esses profissionais para esse novo mundo de pandemia, para que possam atuar tanto em instituições públicas como privadas”, resume.
Gestão de pessoas
Em seguida, a coordenadora de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e coordenadora do Grupo de Benchmarking Pessoas do CQH, Cida Novaes, palestrou sobre o futuro padrão de excelência em gestão de pessoas. “Ao longo da história da qualidade, isso sempre esteve atrelado ao melhor processo, aos protocolos bem definidos e ao erro zero”, iniciou.
De acordo com ela, neste momento, é possível entender que o padrão de excelência de qualquer instituição passa pelas pessoas, como são organizadas dentro dos espaços de trabalho. “Se quiser ter certificado de excelência, foque no seu conjunto de profissionais. Não parece novidade, mas no nosso dia a dia isso acaba de alguma forma esquecido”, explica.
A coordenadora falou também sobre as transformações tecnológicas recorrentes, que possibilitaram melhores recursos de informação e agilidade nos procedimentos – e que foram potencializadas durante a pandemia. “Como trabalharemos nesses espaços com as mudanças que estão acontecendo?”, lançou a pergunta aos participantes.
Em gestão de pessoas, responde, é necessário focar em quais condições são importantes para definir e executar processos; reunir os requisitos relativos às atividades de desenvolvimento da força de trabalho; e incluir orientações à organização para manter práticas compatíveis com a responsabilidade de zelar pela integridade física das pessoas.
Cida Novaes ainda pontuou que, no futuro, a gestão de pessoas passará por mudanças: os contratos de trabalho serão mais voláteis e de curto prazo; as equipes serão formadas por pessoas que terão a capacidade técnica para atuar, mas não terão tempo de se conhecer profundamente; os profissionais qualificados serão cada vez mais disputados; os relacionamentos serão estritamente profissionais, em decorrência de que o tempo de convivência será cada vez menor; a exposição a novos parceiros de trabalho ficará cada vez mais concisa e rápida; será necessário autoconhecimento e capacidade de reconhecer e se adaptar rapidamente a diferentes estilos comportamentais; e administrar populações heterogêneas.
Novos selos de conformidade
Por fim, o membro da Governança do CQH, Jayme Malek Júnior, mostrou os novos modelos de selos de conformidade do programa – de 500, 250 e 125 pontos -, que indicam que a instituição passou por uma avaliação técnica na qual os processos, produtos e serviços foram avaliados dentro dos requisitos do Programa CQH.
“Já tivemos oportunidade em assembleias anteriores de apresentar a atualização do nosso roteiro e comentamos também dessa atualização de pontuação para os hospitais que já estivessem atingindo os percentuais. Além disso, estamos em melhoria contínua e sempre abertos a sugestões e opiniões dos hospitais”, reiterou.
O evento foi moderado por Nancy Val y Val Peres da Mota, membro da Governança do Programa CQH.
Imagens: Reprodução do evento