As autoridades da Indonésia confirmaram ontem a morte de três crianças em decorrência da hepatite aguda de origem desconhecida, doença já reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) por quase 20 países. Wisconsin, nos Estados Unidos, também está investigando uma morte.
Até 21 de abril, eram pelo menos 169 casos no mundo, segundo último boletim divulgado pela entidade global.
Na época, apenas uma morte havia sido relatada, mas sem detalhes sobre o histórico da vítima, que foi registrada no sistema de saúde britânico.
Além do Reino Unido e da Irlanda do Norte, foram notificados casos na Espanha, em Israel, nos Estados Unidos, na Dinamarca, na Irlanda, na Holanda, na Itália, na Noruega, na Holanda, na França, na Romênia e na Bélgica. E agora também na Indonésia e em Cingapura.
Até o momento, 17 crianças (01% dos casos) necessitaram de transplante de fígado, conforme a OMS.
Sobre os casos na Indonésia, as vítimas morreram nas últimas duas semanas em Jacarta, com sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, icterícia e febre, segundo as autoridades, que confirmaram a causa dos óbitos no domingo. “O público deve ficar em alerta após a morte de três pacientes infantis com hepatite aguda”, disse o Ministério de Saúde.
No sábado, as autoridades de Cingapura informaram também a internação de um menor com hepatite aguda de origem desconhecida.
Conforme a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o fígado causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais. Os vírus comuns que causam hepatite viral aguda (vírus da hepatite A, B, C, D e E) não foram detectados em nenhum desses casos.
SINTOMAS
Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos. O quadro das crianças europeias é de infecção aguda.
Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais – incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos –, principalmente nos de até 10 anos. A maioria não apresenta febre.
Fonte: O Estado de S.Paulo
