Na última quinta-feira, 7 de julho, dezenas de entidades – entre as quais a Associação Paulista de Medicina e a Associação Médica Brasileira – subscreveram um ofício encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, mostrando os impactos negativos que a reforma tributária pode ter em diversos setores e defendendo a necessidade de uma reforma administrativa prévia.
A argumentação das instituições é que a arrecadação pretendida com as mudanças no sistema de impostos pode ser alcançada com a redução de gastos públicos. Dessa maneira, mudanças na estrutura de administração do Estado permitiriam uma inflexão no aumento de gastos públicos. As entidades entendem que, somente após um trabalho nesse sentido, é que se pode pensar em uma reforma tributária adequada.
O encaminhamento foi dado após reunião ocorrida também na última quarta-feira (7), conduzida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. O encontro contou com representantes da Saúde, da Educação, das Comunicações, dos shoppings, dos restaurantes, do setor automobilístico, entre muitos outros.
“Desde o início dos debates sobre reforma tributária, estamos preocupados, pois as propostas impactam muito o setor da Saúde. Essa reforma pode resultar em fechamento de consultórios e clínicas e desassistência da população. Isso porque maior parte dos colegas está na faixa dos 3,65% de PIS/Cofins. Estamos trabalhando junto da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse) para barrar isso e estamos também com vocês”, declarou o diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, durante o encontro.