Ministério atualiza dados sobre botulismo no Brasil

Segundo o mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, no período de 2006 ao início de 2020, 413 casos suspeitos de botulismo foram notificados no País. Deste número, 3,4% foram duplicidades, totalizando 399 registros válidos.

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Segundo o mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, no período de 2006 ao início de 2020, 413 casos suspeitos de botulismo foram notificados no País. Deste número, 3,4% foram duplicidades, totalizando 399 registros válidos.

Em relação à classificação final, o desfecho de casos suspeitos foi de 63,2% e 20,8% confirmados. O maior número de casos notificados ocorreu no ano de 2018 (45), e o menor, em 2006 (7).

Os resultados foram obtidos por meio de casos registrados na Ficha de Investigação de Botulismo inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

No Brasil, a doença passou a ser notificada no ano 2001, com estruturação de sua vigilância no ano de 2002. Contudo, alguns casos isolados e surtos pela doença já eram notificados desde 1999 no estado de São Paulo.

O Ministério da Saúde destaca a importância da realização da vigilância epidemiológica de forma efetiva, para criar medidas de prevenção, controle e orientação, a fim de evitar novos casos, gravidade e possíveis óbitos por botulismo.

Sobre a doença

Botulismo é uma doença rara, grave e de alta letalidade, resultante da ação de uma potente neurotoxina (BoNT), produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Existem três formas conhecidas da doença: alimentar, intestinal e por ferimento, sendo a de origem alimentar a mais comum entre elas.

Em todas as suas formas, o botulismo é caracterizado por sinais e sintomas neurológicos, como cefaleia, tontura e vertigem, e que progridem para um quadro de paralisia flácida motora simétrica e descendente.

O tratamento da doença é realizado com diagnóstico clínico, suporte e administração do soro antibotulínico (SAB). O diagnóstico laboratorial é realizado através de bioensaio em camundongos, confirmado pela presença da toxina em amostras biológicas ou sobras de alimentos que foram consumidos pelo indivíduo.

O boletim ainda ressalta que todo caso suspeito de botulismo deve ser notificado e investigado. A Ficha de Investigação de Botulismo deve ser devidamente preenchida para cada caso notificado e inserida no Sinan.