Brasil tem mais de 400 mil notificações de dengue

Até a semana epidemiológica 25, de 3 de janeiro a 26 de junho, 408.523 casos prováveis de dengue foram notificados no País, com uma taxa de incidência de 192,9 casos por 100 mil habitantes. Em comparação ao mesmo período de 2020, houve uma redução de 53,4% das infecções registradas. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, publicados em Boletim Epidemiológico.

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Até a semana epidemiológica 25, de 3 de janeiro a 26 de junho, 408.523 casos prováveis de dengue foram notificados no País, com uma taxa de incidência de 192,9 casos por 100 mil habitantes. Em comparação ao mesmo período de 2020, houve uma redução de 53,4% das infecções registradas. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, publicados em Boletim Epidemiológico.

A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de registros da arbovírus, com 432 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, vêm as regiões Sul, com 226,2 casos; Sudeste, com 197,2; Norte, com 140,5; e Nordeste, com 117.

Ao todo, foram confirmadas 209 infecções graves, 2.513 com sinais de alarme e 133 óbitos.

A doença infecciosa febril aguda é causada por um vírus pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivírus, manifestada por quatro sorotipos: DENV-1 (tipo 1), DENV-2 (tipo 2), DENV-3 (tipo 3) e DENV-4 (tipo 4). O DENV-5 (tipo 5) foi registrado apenas na Malásia (Ásia), em 2007.

A dengue é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti (quando infectada pelos vírus) e pode causar tanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica. Os sintomas mais comuns para todos os cinco tipos de dengue são febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos e cansaço extremo.

Chikungunya

Com relação à chikungunya, doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, foram registradas 49.820 infecções prováveis, com uma taxa de incidência de 23,5 casos por 100 mil habitantes no País. De acordo com o boletim, houve uma diminuição de 12,3% nas contaminações em relação ao ano anterior.

A região Nordeste se sobressai com a maior taxa de incidência, 47 casos por 100 mil habitantes, seguida do Sudeste (23,2) e Centro-Oeste (4,6). Foram confirmados sete óbitos nos estados de São Paulo (três), Sergipe (um), Espírito Santo (um), Minas Gerais (um) e Distrito Federal (um).

O vírus foi identificado pela primeira vez na Tanzânia (África Oriental), em 1952. Desde 2005, quase dois milhões de casos foram informados na Índia, na Indonésia, nas Maldivas, em Mianmar e na Tailândia, na ilha francesa de Reunião, a leste de Madagascar, e no norte da Itália, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

A doença foi diagnosticada pela primeira vez em pacientes do Brasil em 2014. O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias. Os principais sintomas são febre alta, que começa subitamente, inchaço nas articulações e dores intensas, coceira, lesões prévias nas articulações, doenças crônicas e persistência da dor por meses ou até anos.

Zika

Foram registrados 2.729 casos prováveis até a semana epidemiológica 23, correspondendo a uma taxa de incidência de 1,3 caso por 100 mil habitantes, com uma diminuição de 40,5% em relação a 2020. Não há confirmação de óbito para zika. O vírus foi detectado nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.

Os principais sintomas da doença são febre leve ou até mesmo ausente, dores não intensas nas articulações, coceira intensa, dormências nas extremidades e comprometimento neurológico. A Organização Mundial da Saúde recomenda, dentre outras medidas, a prática de sexo seguro por mulheres gestantes que vivem em áreas de alta transmissão do vírus.