Exame de proficiência: Marcelo Morales se reúne com a Diretoria da APM

O médico é assessor do senador astronauta Marcos Pontes, membro da Academia Nacional de Medicina e professor Titular da UFRJ

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Nesta sexta-feira, 24 de janeiro, o médico e assessor do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Marcelo Morales, participou de reunião da Diretoria da Associação Paulista de Medicina para discutir o Projeto de Lei 2.294/24, que propõe a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina.

Aprovado pela Comissão de Educação do Senado Federal no dia 17 de dezembro de 2024, o PL está em análise pela Comissão de Assuntos Sociais – passando, em seguida, pela Câmara dos Deputados.

Durante o encontro, Morales, que é natural de Bauru (SP), professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro da Academia Nacional de Medicina, agradeceu ao presidente da APM, Antonio José Gonçalves, e ao diretor de Comunicações, Marcos Cabello dos Santos, pelo convite. Ele compartilhou suas experiências com o trabalho junto ao senador Marcos Pontes em debates relacionados a questões científicas e educacionais.

Um dos principais pontos abordados foi o crescimento descontrolado das escolas médicas no País. O convidado alertou sobre os riscos da má qualidade na formação de novos médicos.  “Este é um problema sério e, para enfrentá-lo, elaboramos o Projeto de Lei para a implementação do Exame de Proficiência. Hoje, o Brasil ultrapassou a Índia em número de escolas médicas, mas a qualidade do ensino deixa a desejar. Diante da situação alarmante, após inúmeras discussões, houve uma audiência pública no Senado Federal com a participação das entidades médicas antes da elaboração do texto”, explicou.

Após aprovação do PL 2.294/24, todos os alunos que se formarem em Medicina deverão realizar o Exame de Proficiência – critérios que estarão estabelecidos para o estudante logo que iniciar o curso. “O apoio das associações é essencial para dialogar com os senadores. Desta forma, conseguiremos avançar com essa pauta. Por isso, foi tão importante ter o consenso das entidades médicas para que o projeto pudesse andar”, destacou Morales.

Ele complementou que está à disposição para colaborar e ampliar esse diálogo. “Essa é uma oportunidade de unir esforços e construir soluções que beneficiem a Saúde e a formação médica no Brasil. Conto muito com a APM e a AMB, porque este debate tem que ocorrer de forma aberta, visando proteger a população. Tudo precisa de respaldo e estamos defendendo as pessoas menos favorecidas”, concluiu.

O Exame de Proficiência tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino médico no Brasil, verificando as habilidades técnicas e científicas dos estudantes, a fim de garantir que apenas profissionais preparados ingressem no mercado de trabalho, capazes de oferecer a melhor assistência à Saúde da população. Além disso, a prova também visa analisar a formação acadêmica oferecida pelas faculdades de Medicina.

Texto e fotos: Alessandra Sales