Na manhã desta sexta-feira (27), Marcos Cabello dos Santos, diretor de Comunicações da Associação Paulista de Medicina, participou do programa Cidade 360, da rádio 96 FM Bauru, ao lado de José Sebastião dos Santos, diretor da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU) – da Universidade de São Paulo (USP).
A entrevista abordou a relevância da instituição no município, os avanços administrativos da faculdade e os desafios para o desenvolvimento da Saúde pública na região.
José Sebastião dos Santos destacou as transformações estruturais e organizacionais que marcaram o ano na unidade recém-inaugurada. “Conseguimos organizar a faculdade nos âmbitos acadêmico e administrativo. A partir do próximo semestre, a unidade funcionará de maneira autônoma, com a transferência completa de governança da Faculdade de Odontologia de Bauru para a Faculdade de Medicina”, explicou.
Ele também ressaltou o papel da instituição de ensino na integração com o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) e o Hospital das Clínicas (HC), ambos vinculados à Secretaria de Saúde e à USP. “Essas duas estruturas são essenciais para impulsionar a Saúde pública”, completou.
Marcos Cabello, por sua vez, reforçou a importância de um curso de Medicina da Universidade de São Paulo para a cidade. “A abertura da faculdade aquece a Economia local e gera empregos diretos e indiretos. Além disso, o Hospital das Clínicas, com a chancela da USP, é um símbolo de qualidade e potencial. Estamos formando médicos que atenderão Bauru e toda a região”, afirmou.
Em relação à infraestrutura do Hospital das Clínicas, o diretor da Faculdade informou que o nível de ocupação do prédio atual – compartilhado com o HRAC – está em torno de 50%, com 112 leitos ativos. “A meta é chegar a 200 ou 210 leitos, mas isso exige investimentos em equipamentos de alta tecnologia e materiais custosos”, explicou.
Outro ponto abordado foi o Instituto Lauro de Souza Lima, reconhecido por sua estrutura assistencial e acadêmica. Cabello defendeu o fortalecimento de parcerias entre a USP e o Instituto. “Com profissionais qualificados e pesquisas inovadoras, a subutilização do Instituto é preocupante. Com uma conexão mais forte, poderemos ampliar o acesso à Medicina de alta complexidade para toda a região”, destacou.
Sebastião complementou, ressaltando a relevância do Instituto para o desenvolvimento acadêmico e profissional. “Bauru possui grandes instituições de Saúde que ensinam, pesquisam e formam profissionais. A cooperação com a USP, como ocorre com o Centrinho e o HC, trará ainda mais benefícios para a população”, concluiu.
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