“Conviver e compartilhar a organização do evento com colegas foi engrandecedor, um trabalho de equipe exemplar. Agradeço também ao time da Associação Paulista de Medicina, pois sem a eficiência destas pessoas não estaríamos aqui, e às empresas que ajudaram a financiar o Congresso, além dos coordenadores e palestrantes que vieram até aqui compartilhar conhecimento e experiência”, declarou Wilson Marques Jr., presidente do XII Congresso Paulista de Neurologia, na abertura do evento.
Marques Jr. também ressaltou a atuação da Associação Paulista de Neurologia (APAN), idealizadora do
evento, que tem proporcionado ao longo dos anos essa oportunidade de aprender e interagir. “Em tempos difíceis, esses mais de dois mil participantes testemunham nossa vontade de aprender e melhorar o tratamento de nossos pacientes”, completou.
Akira Ishida, vice-presidente da APM, retribuiu a gentileza: “Quem deve agradecer somos nós pela confiança e parceria na promoção deste evento. Essa aproximação é extremamente importante. O número elevado de participantes mostra a pujança e a participação da APAN”. Ishida também falou sobre a importância das sociedades de especialidades na formação dos médicos especialistas, inclusive com cursos de preceptores.
Rubens Gagliardi, presidente da APAN, declarou sua satisfação com o crescimento deste Congresso, tanto em termos de número, quanto em qualidade. “Nossa especialidade está em constante movimento e atualização, com muitas novidades. Assim, é difícil nos mantermos atualizados, uma luta constante. A procura, então, por eventos como esse é fundamental, trazendo oportunidade de aperfeiçoamento.”
“Um congresso desta magnitude, reunindo a comunidade de neurologistas principalmente do estado de São Paulo aqui no Guarujá nos honra bastante e faz com que a cidade e todo o nosso campo médico fique engrandecido. Nós temos essa preocupação de que o município tenha uma participação bastante proativa na qualificação e tanto a nossa secretaria quanto o prefeito Válter Suman desejam que o evento seja um sucesso, se repita e que vocês todos voltem sempre”, declarou o médico nutrólogo e secretário municipal de Saúde do Guarujá, Vitor Hugo Straub Canasiro.
Na sequência, José Antonio Livramento, presidente de honra do Congresso, foi homenageado e recebeu uma placa das mãos de Ronaldo Abraham, presidente da Comissão Científica. O homenageado agradeceu e dedicou a celebração ao seu professor Spina França, a quem considera um mestre, mentor e amigo. “O Laboratório Spina França faz 90 anos em 2019 e eu trabalho lá há 50 com muita felicidade”, disse.
Sobre a homenagem, Marcel Simis, da Comissão Organizadora, disse que é uma forma do Congresso ver o passado, valorizar a história da Neurologia e aprender com a evolução da especialidade. “Ao mesmo tempo, olhamos para o futuro. Basta ver que, na sequência, temos uma palestra ressaltando a importância da inteligência artificial e a preparação para o que está por vir. Vimos como a Neurologia pode evoluir com essa nova tecnologia e como ela impactará na melhora de nossa profissão e no tratamento neurológico para os pacientes”, disse.
A palestra à qual Simis se refere foi a aula magna sobre inteligência artificial, conduzida por Chao Lung Wen, chefe da disciplina de Telemedicina na FMUSP. Ele explicou que estamos, como sociedade, atingindo o momento da disruptura – um momento em que a tecnologia atinge o ponto em que está totalmente inserida no dia a dia. A tendência, explicou, é estarmos cada vez mais em um mundo híbrido, em que se misturam os elementos presenciais e digitais. Assim, a Telemedicina e a IA não são nada mais do que frutos dessa transformação tecnológica.
“Pesquisas mostram que IA e robotização são as tecnologias mais indicadas para mudar o mundo. Em segundo, está a impressão 3D e em terceiro, a Telemedicina. Mas essas tecnologias não estão em evidência no ponto de vista da educação. Não ensinamos a aplicação destas novidades e estamos correndo riscos de perder oportunidades de ampliar o escopo do atendimento médico”, alertou Wen.