Diretores da APM participam de evento promovido pelo Instituto Unidos Brasil

Solenidade reuniu diversos parlamentares e promoveu grande troca de conhecimentos

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Na noite da última segunda-feira, 16 de dezembro, foi realizado no Clube Monte Líbano o evento anual do Instituto Unidos pelo Brasil, possibilitando conexão e fortalecimento de ideias entre os participantes. Os diretores de Defesa Profissional e de Previdência e Mutualismo da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury e Antonio Carlos Endrigo, respectivamente, estiveram presentes na ocasião, prestigiando a celebração.

A participação no evento partiu do convite feito pelo presidente do Conselho Fiscal do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), Luiz Fernando Ferrari Neto, contribuindo para reforçar a relação de parceria entre as instituições.

“O SindHosp convidou a APM em reconhecimento à relevância e à capacidade da entidade como representante dos médicos. Vale destacar que muitos médicos associados à APM atuam em empresas representadas pelo SindHosp, o que torna essa interação natural e produtiva. Além disso, o SindHosp vê na APM uma importante aliada no diálogo sobre temas que impactam diretamente o setor de saúde”, destaca Ferrari.

Além dos médicos, a ocasião também contou com a participação de uma série de parlamentares, como o senador Sergio Moro (União Brasil), a deputada Rosangela Moro (União Brasil), o senador Laércio Oliveira (Progressistas), o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania) e o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Segundo Marun, é fundamental que o segmento médico apoie e engaje estes movimentos para não ficar isolado politicamente. “É importante o engajamento, porque todos esses movimentos políticos, apartidários, são para o benefício e melhoria do País”, explica.

Ele também ressalta que o objetivo do evento foi lançar oficialmente a campanha para a reforma administrativa no Brasil. “Hoje, praticamente 84% do orçamento da União está comprometido com o pagamento de aposentadorias e funcionalismo público, sobra muito pouco para investimento e o Governo fica querendo fazer mágica para arrecadar mais e aumentar imposto, o que não é justo com a população brasileira. A gente tem que sanear primeiro as contas e ter um funcionalismo público que trabalhe, seja analisado e julgado por meritocracia.”

Luiz Fernando Ferrari corrobora com o posicionamento, indicando que a participação da classe médica em eventos como este é fundamental, no sentido de que os profissionais passem a ocupar espaços políticos e institucionais. “Isso não significa um posicionamento partidário, mas sim a defesa legítima dos interesses da categoria médica e da Saúde como um todo. A presença nesses debates permite que a voz dos médicos seja ouvida e considerada em decisões que afetam diretamente a profissão e a qualidade da assistência.”

Sobre a reforma administrativa, o representante do SindHosp demonstra que é uma medida urgente e que deve avançar, havendo redução da carga tributária e uma destinação mais correta e eficiente dos recursos públicos – algo que beneficiaria diretamente os setores econômicos e a Saúde, especialmente os médicos. “Gerando um ambiente mais favorável para investimentos, modernização e melhoria dos serviços prestados à população.”

Panoramas
Antonio Carlos Endrigo, que além de diretor da APM, também é conselheiro do SindHosp, fomenta que o principal assunto do evento foi a Reforma Tributária, que traz grande impacto para os médicos, relembrando o trabalho árduo feito por Marun Cury, no sentido de permitir que os profissionais conseguissem se manter com uma isenção razoável.

“Nós tivemos um grande benefício e era para estarmos em uma situação muito pior, mas graças ao trabalho do Marun, junto à Câmara e aos deputados, o relacionamento que ele construiu, conseguimos um bom resultado”, manifesta.

O médico também fortalece a necessidade de a APM estar inserida em eventos como este, mantendo o relacionamento frutífero com autoridades, políticos e pessoas influentes do meio. “Eu acho que cabe ali mais diretores da APM estarem presente, porque é na política que a gente consegue as coisas para os médicos, acho que esse ponto é importante, sem o meio político, a gente não consegue vencer as batalhas que temos.”

Organização
Conforme relembra Nabil Sahyoun, presidente do Instituto Unidos Brasil, a ideia de elaboração do evento surgiu em função dos quatro anos do IUB – realizado em agosto deste ano. “Quando tivemos a pandemia, ficamos um bom tempo paralisados. Resolvi fazer o evento para mostrar um pouco mais deste trabalho importante que os empresários acabam acompanhando pouco, primeiro, pela distância, segundo, pelos compromissos que eles têm. Nosso objetivo é unir os setores do empreendedorismo e, principalmente, da atividade empresarial, para a gente fortalecer esse nosso trabalho.”

Sahyoun destaca que o foco do evento foi a reforma administrativa por conta da importância desta pauta – que muitos governos são contra -, demonstrando para a sociedade a sua necessidade de implementação. “Ela é uma reforma extraordinária e excepcional para o Brasil. As empresas não aguentam mais tanta taxação e desperdício, hoje, infelizmente, o governo está gastando mais do que ganha, tanto é que o nosso controle fiscal está negativo, então a ideia do evento é para que todos se empenhem na reforma, que não vai beneficiar somente o setor de serviços, mas toda a sociedade brasileira.”

Todavia, os benefícios trazidos para o setor de serviços englobam a melhoria e a eficiência, simplificação nos processos, redução da burocracia – resultando, assim, em serviços mais ágeis para a população -, capacitação e treinamento de serviços públicos, atendimento mais qualificado e eficiente. Na inovação e tecnologia, haverá a modernização da administração pública, incentivando a adoção de mais tecnologias e melhorando, assim, o setor e a prestação de serviços.

“Uma outra coisa importante é a transparência, quer dizer, hoje você tem muitas ações do governo que acabam não sendo transparentes e, na medida que isso acontecer, aumentar a confiança dos cidadãos e dos empresários no próprio governo. Depois, a reforma pode promover a descentralização, permitindo que os entes federativos tenham mais autonomia para adaptar os serviços e necessidades locais. Eu diria que essas mudanças, feitas de forma eficaz, podem resultar, sem dúvida nenhuma, em um setor de Serviços mais dinâmico, mais competitivo e alinhado, também, com as necessidades da população”, defende.

Sobre a participação da classe médica em eventos deste porte e a colaboração com a reforma administrativa, Nabil Sahyoun expõe que, ao conseguir realizar o trabalho em conjunto, serão promovidos resultados espetaculares. “Nós estamos à disposição para trabalhar, trazer esse pessoal para dentro desse jogo. Eu tenho certeza que o resultado vai ser excepcional. Essa contribuição nossa está aberta aí para podermos ajudar todo o setor da Saúde, basta que as pessoas queiram se reunir e debater junto conosco.”

Fotos: Divulgação