Estas duas palavras – união e integração – devem nortear qualquer movimento associativo que quer ter êxito em seus objetivos. A Associação Paulista de Medicina, no papel de Federada da Associação Médica Brasileira, compartilha teses, ideais e objetivos desta nobre entidade representativa a todos os médicos de nosso País. Juntas, as instituições visam o crescimento do movimento médico.
Tivemos um grande exemplo disto no 2º Congresso de Medicina Geral da AMB, realizado no final de julho, no Distrito Anhembi, em São Paulo. O Congresso teve mais de 2 mil participantes e promoveu, pelo seu próprio formato, uma interação maravilhosa entre as Federadas da AMB, suas sociedades de especialidades e os médicos generalistas. Não obstante, o evento demonstrou a recuperação administrativa, organizacional, financeira, política e científica da entidade.
Esta configuração, além de resgatar para a AMB a missão de cuidar da reciclagem e aperfeiçoamento dos 250 mil a 300 mil generalistas do nosso País – grupo de médicos esquecido pelas sociedades de especialidades –, promove uma integração absolutamente extraordinária entre as Federadas e as especialidades em um intercâmbio que há muito não se via.
A maioria dos congressistas são jovens – acadêmicos, residentes ou recém-egressos dos programas de Residência Médica – fatia da população médica que precisamos trabalhar e trazer para o associativismo.
Antes de sermos especialistas, somos médicos. Um dos principais pilares da Medicina é o aprendizado e a atualização contínuos. Além do generalista receber os conceitos mais atuais sobre hipertensão arterial ministrado por especialistas em Cardiologia, por exemplo, temos a oportunidade ímpar de estreitar relacionamentos entre médicos generalistas e, especialmente, especialistas e dirigentes de Federadas da AMB.
Foram três dias de intensa troca Científica e Política, culminando com a Reunião do Conselho Deliberativo – órgão da AMB que reúne as 27 Federadas e 27 sociedades de especialidades, em que os assuntos mais palpitantes do movimento médico puderam ser delineados e discutidos, tais como, o exame de proficiência do egresso da graduação; as mudanças que, feitas pelo Decreto 11.999, de abril deste ano, modificou a constituição da Comissão Nacional de Residência Médica com graves riscos à boa formação de especialistas; além de discussões sobre Reforma Tributária e seus prejuízos à nossa classe.
Nós, da Associação Paulista de Medicina, seguiremos apoiando a Associação Médica Brasileira em sua tomada de decisões, fornecendo o nosso suporte e auxílio em todos os aspectos. Reforço, apenas a harmonia e a união serão capazes de salvar o movimento médico. É desta maneira que conseguiremos nos manter firmes na defesa de nossos melhores interesses.
Publicado na edição 745 Jul/Ago 2024 da Revista da APM