Rádio Planetário FM divulga II Jornada A Dor de Ouvir a Dor

Helio Plapler, membro da comissão organizadora, concedeu entrevista ao veículo

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No dia 22 de junho, a Associação Paulista de Medicina promove a II Jornada A Dor de Ouvir a Dor. O evento, promovido pelo Comitê Científico de Dor da APM, visa uma abordagem abrangente sobre os desafios e dificuldades de médicos e profissionais da Saúde ao lidar diretamente com casos clínicos de dor enquanto indivíduos, salientando as diferentes formas de aliviar o sofrimento emocional e físico.

Como forma de divulgar este grande evento, na última semana a Rádio Planetário FM, do Rio Grande do Sul, recebeu Helio Plapler, membro da comissão organizadora da Jornada, para falar mais sobre o tema. Ele relembrou que quando o paciente sente dor, quer ir ao hospital, mas quando o mesmo acontece com o médico, ele deseja estar em casa.

“O hospital, para ele, é o ambiente de trabalho, em que ele tem segurança para controlar o ambiente. Quando fica doente ou tem dor, perde esse controle no hospital e fica sujeito às normas, aos cuidados [da equipe] e passa a ser paciente. Isso, para o médico, é muito traumático”, explicou.

Ele relembrou que dores emocionais, como estresse ou sensação de angústia, também entram no complexo que é entendido como dor, uma vez que emocional e físico andam lado a lado – principalmente no contexto da doença crônica. “Vimos muito isso na pandemia, em que o estresse do profissional da Saúde foi lá para as alturas com a carga de trabalho e a responsabilidade.”

Contexto

Papler recordou que a Jornada A Dor de Ouvir a Dor surgiu no intuito de discutir o lado humano da Medicina, que tende a ser uma área muito técnica. “Com isso, buscamos reaproximar médicos, profissionais da Saúde, pacientes, cuidadores e família. Este evento trata como as humanidades podem ajudar o médico no seu trabalho diário, no relacionamento com seus pacientes e com a própria equipe de cuidado.”

Segundo o médico, a Jornada também demonstra como literatura, música e arte podem influenciar na relação médico-paciente, além de serem instrumentos fundamentais para lidar com quadros de dor. “A arte não é remédio, ela não cura, mas pode induzir pensamentos e comportamentos médicos em relação a tudo isso. A arte influencia e é influenciada pela dor, pelo sofrimento, mas também por coisas boas. Ela pode contribuir para que você tenha um relacionamento mais leve.”

Para conferir a entrevista completa, acesse este link. Já para mais informações sobre o evento e realizar as inscrições, clique aqui.