No último sábado (20), diretores, delegados e presidentes das Regionais da Associação Paulista de Medicina estiveram presentes na sede da instituição para a realização das Assembleias Ordinária e Extraordinária de Delegados. A reunião ordinária apresentou as contas, despesas e receitas da entidade no ano de 2023.
Adnan Neser, presidente da Assembleia de Delegados, conduziu os trabalhos ao lado dos delegados Walter Rodrigo Miyamoto e Flávio Faloppa, que assumiram os postos de primeiro e segundo secretário, respectivamente. O presidente da APM, Antonio José Gonçalves, também compôs a mesa, e a apresentação da prestação de contas foi feita pelo diretor de Patrimônio e Finanças, Florisval Meinão.
Meinão relembrou que em 2011, a APM enfrentou a perda de uma importante fonte de receita, referente ao selo médico – cenário em que 20% da arrecadação foi perdida. Por este motivo, desde então a Diretoria estabeleceu a norma de não gastar mais que 85% do que era arrecadado. “Passamos a fazer uma previsão orçamentária muito bem estruturada e uma execução acompanhando mês a mês para que não fugíssemos dessa regra.”
Contudo, com a chegada da pandemia de Covid-19, a Associação Paulista de Medicina se viu diante de um novo desafio, uma vez que teve de se reinventar ao ver o setor de Serviços fortemente impactado – com o índice de desemprego alavancado, refletindo diretamente no número de associados, que tiveram que deixar a APM por uma questão de contenção de despesas, resultando em uma perda significativa no quadro associativo.
Relembrando a dificuldade da situação, o diretor explicou que, como uma medida para salvar as receitas da entidade, foi preciso encaminhar três projetos com valores que ainda estão sendo observados nas despesas atuais. “Criamos um instituto de ensino, que demandou várias mudanças internas, decidimos transformar o Clube de Campo em um Hotel Fazenda e investimos para aumentar a venda dos planos de saúde.”
A queda no número de associados e a ameaça que paira sobre o associativismo também foi discutida durante a Assembleia. “Esta situação, que começou durante a pandemia, ainda não conseguimos reverter. Então, quando esses três projetos foram apresentados, alertamos que 2023 não seria um ano em que conseguiríamos fazer a máxima de gastar 85% do arrecadado. Eles são projetos para reposicionar a Associação Paulista de Medicina como entidade associativa.”
Os valores das receitas e despesas foram aprovados por unanimidade pelos delegados, exaltando a apresentação de Meinão e a clareza nas explicações de cada um dos itens.
O presidente da APM salientou os esforços que vêm sendo feitos no sentido de recuperar as receitas da entidade. “Revimos praticamente todos os contratos e vamos conseguir economizar R$ 3,5 milhões ao longo deste ano. Acho que temos perspectivas boas, acredito que na próxima Assembleia já poderemos dar alguma notícia de como estamos equacionando isso. Estamos procurando uma solução para que todos os efeitos da perda de renda sejam minimizados e possamos continuar com a Associação Paulista de Medicina pujante como sempre foi.”
Assembleia Extraordinária
A realização da Assembleia Extraordinária de Delegados teve como objetivo aprovar, o que também ocorreu por unanimidade, a concessão do título de associado honorário a Jurandir Marcondes Ribas Filho, secretário-geral e membro titular da Academia Paranaense de Medicina, do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e membro emérito do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Ribas é graduado pela Faculdade Evangélica do Paraná e especialista em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Administração Hospitalar. Também já exerceu as funções de presidente da Academia Paranaense de Medicina e de 2º vice-presidente da Associação Médica Brasileira.
Além disso, os participantes também pautaram as mudanças trazidas pelo Decreto nº 11.999/24, que altera as regras da Comissão Nacional de Residência Médica.
Fotos: Alexandre Diniz