Ivan de Melo toma posse na Academia de Medicina de São Paulo

A sessão solene de entrega de pelerine, medalha e diploma ocorreu na noite da última quinta-feira (21), na sede da APM

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O diretor Cultural da Associação Paulista de Medicina, Ivan de Melo Araújo, é agora membro da Academia de Medicina de São Paulo. A sessão solene de entrega de pelerine, medalha e diploma ocorreu na noite da última quinta-feira (21), na sede da APM. Diretores da entidade, familiares e amigos do médico prestigiaram o evento. O médico Roque Monteleone Neto também passou a integrar da Academia.

“A Academia de Medicina surgiu como missão cultural, histórica, social e, principalmente, educativa para a área médica. Em razão de seu número limitado de acadêmicos para acolher toda a sociedade, surgiu a necessidade de fundar a Associação Paulista de Medicina. No fundo, somos um filho da Academia de Medicina. E aqui, como representante do presidente José Luiz, trago as minhas congratulações e um forte abraço aos doutores Ivan de Melo e Roque Monteleone”, disse o 2º vice-presidente da APM e membro da Academia, Akira Ishida.

O 3º vice-presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi, representando o Conselho Federal de Medicina, reforçou a necessidade de a classe médica estar unida para enfrentar as crises no cenário brasileiro. “É importante parabenizarmos a Academia pelo seu vigor, pois temos a possibilidade de respirar a experiência dos colegas. Em um momento delicado pelo qual o país passa, sentir esses valores perenes, tanto da Medicina como da cidadania brasileira, é fundamental. Quero parabenizar os colegas que estão chegando com sua bagagem de vida; sem dúvida alguma vai nos ajudar a enfrentar esse momento que todos nós vivenciamos”, reforçou Curi, também membro da Academia.

Araújo ocupa a cadeira de número 59, cujo patrono é o Dr. Antônio de Paula Santos e o antecessor Dr. Celso Antônio de Carvalho (1966/2015). “De início cumpre-me agradecer vivamente aos distintos e generosos acadêmicos pela gentil acolhida que me proporcionaram e pela escolha de minha pessoa para a cadeira 59 da egrégia Academia de Medicina de São Paulo, esta que em mim se assenta com luz inspiradora a seguir pelos anos inda restantes de vida e exercício da profissão, permitindo-me fruir de tão elevada convivência. Procurarei de todas as formas corresponder à confiança que em mim deposita essa tão expressiva plêiade de professores, cumprindo na integridade as diretrizes norteadoras desse sodalício”, disse em discurso de posse.

O novo acadêmico ainda prestou homenagens a Donaldo Cerci Cunha, 1º vice-presidente da APM, falecido na noite do dia 4 de junho, que ocupava a cadeira de número 35 da Academia. “Sempre o quis como irmão, pela amizade e convergência de propósitos que nos uniu por tantas décadas, ele que tanto fez para que o dia de hoje acontecesse e que há pouco e tão inesperadamente nos deixou, totalmente fora do combinado. Sua ausência muito me custa suportar.”

O médico Roque Monteleone Neto ocupou a cadeira de 76, cujo patrono é Arnaldo Amado Ferreira e o antecessor é Ruy Laurenti (1999/2015).

Currículo

Nascido em Assis, Ivan de Melo Araújo graduou-se pela Faculdade de Medicina de São Paulo em 1972. Possui mestrado em Ciências (Fisiologia Humana) e doutorado em Nefrologia, ambos pela Universidade de São Paulo. É atualmente docente da Faculdade de Medicina de Marília.

Participou da implantação da Medicina Ativa na Aprendizagem Baseada em Problemas, iniciada há mais de 20 anos, hoje utilizada em várias faculdades de Medicina brasileiras, considerada ainda referência para a graduação médica.

Como a implantação de unidades de transplantes renais da Santa Casa de Marília, prestou grande colaboração na organização e multiplicação de centros de transplantes renais e serviços de procura do órgão em várias outras cidades paulistas e brasileiras.

 “Sua vida de médico não pode ser separada da Associação Paulista de Medicina, de cuja agremiação foi presidente de regional, diretor Distrital, presidente de Assembleia de Delegados, diretor de Comunicação e Cultural, atividades e laços afetivos que verificam desde o final de 1970, quando ingressou como associado”, disse o diretor adjunto Cultural da APM e Acadêmico, Guido Arturo Palomba, em oração de recepção.

Sua produção científica é rica: são livros, artigos, trabalhos e apresentações médicas em simpósios, congressos e palestras. “E aqui revelo uma curiosidade do meu querido amigo. Paralelamente à vida de médico, laboriosa e fecunda, é um grande poeta. Que faz não somente versos de excelente qualidade, mas também canções que ele singelamente diz ‘são frutos de anotações recolhidas ao longo da minha existência’”, finalizou Palomba.